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Supergirl | 2×15 – Exodus

Exodus foi exatamente o que a série precisava depois da quebra de ritmo causada pelos dois episódios anteriores. Com uma carga dramática relativamente pesada e com momentos realmente capazes de gerar preocupação deixando o público grudado na tela da TV, este episódio conseguiu superar muitas expectativas.

A melhor forma de começar a analisá-lo é por meio das irmãs principais da série, começando pela Alex. No episódio anterior, quando seu pai retornou, a Alex pareceu ter sido “emburrecida”, uma vez que ela agiu de modo nunca antes visto e ignorou toda a racionalidade para acreditar que Jeremiah realmente estava de volta, e em Exodus as consequências disso foram bem claras. Alex estava extremamente nervosa e preocupada com toda a situação, decidindo “interrogar” o membro do Cadmus à sua maneira. A raiva que Chyler Leigh emprestou para a personagem foi fantástica e a cena acabou ficando extremamente convincente. Aliás, a atuação de Chyler vem sendo muito consistente nos momentos mais necessários. Seja nas situações mais emotivas (como sua decepção ao ver que o “Jeremiah” em seu apartamento era o J’onn) ou nos momentos de raiva e agressividade, ela é sempre muito convincente.

Kara curiosamente não teve uma progressão ou continuação na sua forma de agir levando em conta o episódio anterior. Em Homecoming ela usou da razão para duvidar de Jeremiah assim que as primeiras possíveis provas contra ele apareceram. Abandonando um pouco do seu otimismo para pensar nas possibilidades piores. Mas aqui ela agiu puramente baseada em suas emoções, e isso custou seu emprego. Provavelmente teremos que esperar um pouco para ver o desenvolvimento da Supergirl na sua vida de desempregada (já que parece que o Mon-El finalmente vai para o centro das atenções), mas essa mudança pode ser promissora. Dar para ela outro emprego e diferenciá-la de seu primo pode ser uma boa ideia.

Mas antes de mudar de tópico é preciso falar também sobre a Melissa Benoist. Quando alguém assiste uma série de heróis, essa pessoa já tem na sua cabeça que ela nunca vai ver o personagem principal morrer. E quando se trata de alguém poderoso como a Supergirl, também fica subentendido que ela nunca irá falhar. Ou pelo menos nunca o fará em uma situação que cause danos irreparáveis. E mesmo tendo tudo isso em mente, foi impossível não sentir preocupação na cena em que a Kara tentava parar a nave alienígena. As expressões da Melissa, unidas à urgência da situação, me colocaram na ponta da cadeira, grudado no computador, e isso é realmente surpreendente para uma série como esta. Toda a direção nesse momento também foi bem executada, então também merece créditos por ter criado um resultado final tão emocionante.

A grande vilã do episódio também merece ser comentada. Lillian Luthor vem se mostrando uma oponente incrível: não só é praticamente impossível colocá-la na prisão, mas ela sempre tem algum plano de proporções enormes para atacar os alienígenas. O perigo constante que ela representa cria uma atmosfera bem menos tranquila do que aquela da primeira temporada, e isso é bem interessante. A forma como ela vem sendo bem aproveitada pelo roteiro é só um dos exemplos da melhora geral de qualidade entre esta temporada e a anterior. Em um curto período de tempo a série apresentou dois episódios que entram para a lista dos melhores até aqui (Exodus e Luthors) e só o fez porque soube aproveitar igualmente bem seus heróis e vilões. Se isso continuar assim, o final desta temporada não promete nada menos do que um evento épico.

Contando uma história muito emocionante (carregada de drama bem interpretado), explorando bem as personagens mais importantes e colocando um cliffhanger promissor, Exodus mostra Supergirl em sua melhor forma, e tudo o que podemos querer é que as coisas continuem assim.