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DC’s Legends of Tomorrow | 2×14 – Moonshot

A motivação de um vilão sempre traz uma carga dramática ao personagem e aprofundamento da história do mesmo. Diferente de outros vilões da Legião do Mal, Eobard Thawne realmente tem um motivo plausível pela sua busca nos fragmentos da Lança do Destino. Ele, por ora, só quer sobreviver.

Depois que Eddie se sacrificou pela salvação de todos, em meados da primeira temporada de The Flash, o Flash Reverso já não deveria existir em qualquer linha do tempo. Mas ele conseguiu driblar essa condição até o momento, porém está sendo perseguido pelo Flash Negro para ser apagado da existência. Isso é a motivação real do velocista, apenas viver.

A interação de Thawne e Palmer foi algo primoroso de se ver. Ray é um herói, ele enxerga o bem das pessoas e, por mais que seja mentira, acreditou que Eobard só está indo atrás da Lança do Destino, que pode alterar a linha do tempo, só para poder sobreviver e não mais ser perseguido. Pela primeira vez dava para ver o aprofundamento do personagem do Flash Reverso e, ainda assim, conseguir relacionar com tudo o que tem feito, mesmo não sendo bom, pelas suas motivações.

Falando do Eléktron, tivemos momentos pontuais durante o episódio nos quais o personagem foi um excelente alívio cômico durante toda sua trama. Não foi forçado ou usada uma motivação de infância, como vem acontecendo diversas vezes durante este segundo ano da série, mas foi engraçado, leve e carismático por todo esse tempo em que ele usava suas habilidades divertidas.

O drama teve um ponto alto além da história de Eobard, dessa vez a carga dramática ficou também com Nathan e seu avô. Já disse outras vezes como é fácil ter uma empatia forte pelo Nathan, pois entre todos ele é o mais humano e “gente como a gente” dali. Ele é um herói. No fim do dia ele vai sempre fazer a coisa certa, mas é bom ver os momentos vulneráveis do personagem, que precisam ser enfrentados por si próprio para superá-los. A despedida dele e do avô, e quando ele abraça Amaya depois de tudo, foi uma das coisas mais bonitas que Legends já fez em relação ao drama do personagem.

O casal Amaya e Nate só faz crescer meu amor por eles. Os dois juntos flui, não fica chato, e mesmo nas piores DRs você se importa com o casal e torce por eles. Finalmente a série fez um par totalmente diferente de Ray e Kendra, ou Kendra e o Homem-Pássaro lá pela primeira temporada.

O final do episódio foi totalmente intrigante, com Amaya vendo sua neta e o futuro do seu povo em Zambesi. Os roteiristas podem explorar ainda mais a personagem e suas escolhas daqui por diante. Rip e Sara, aparentemente, chegaram à decisão de quem é o líder da Waverider. Como todos nós achamos, Sara é uma líder muito melhor que Rip, e isso foi mostrado durante todo este episódio.

Por fim, DC’s Legends of Tomorrow fez um episódio com drama, comédia, aprofundamento de personagem e uma trama que ajudou tudo isso acontecer, tornando Moonshot fácil e fluido de se assistir e nos deixando mais curiosos do que está por vir para as nossas Lendas do Amanhã nesta reta final.