Falando Sobre… | Ultimate Beastmaster: a primeira temporada
O primeiro reality show de competição da Netflix, Ultimate Beastmaster, estreou em fevereiro e, embora se assemelhe muito ao ótimo American Ninja Warrior da NBC, se destaca pela estratégia de negócios do show, que acaba sendo também sua melhor jogada criativa: fazer a competição ser global, trazendo para si um modelo internacional de se jogar o jogo.
Como uma competição, o Ultimate Beastmaster intensificou o jogo, potencializando as tão divertidas e famosas “corridas com obstáculos”. Temos uma arena nomeada de The Beast, onde 108 competidores precisam superar etapas que vão ficando cada vez mais difíceis de acordo com os níveis alcançados. A estrutura é gigante: 108 concorrentes, 12 anfitriões de seis países – Japão, México, Coreia do Sul, Alemanha, EUA e Brasil. Eles precisam superar as tarefas para contabilizar pontos, lutar contra o tempo e conseguir garantir a maior quantidade de pontos bônus para se destacar. Aqueles com o menor número de pontos e os tempos mais lentos são eliminados após cada rodada, levando eventualmente a uma competição cabeça a cabeça. O vencedor de cada episódio passa para o episódio final.
O que torna a competição interessante é que vários obstáculos usam o movimento de maneiras inteligentes: há esteiras suspensas, rampas e plataformas que giram e se movem, uma parede de escalada que derruba os apoios, entre outros. Às vezes, o movimento acrescenta obstáculos de urgência, de modo que um passo em falso ou um pulo fora de hora leva o competidor direto para a água – ou sangue da besta, como os apresentadores gostam de chamá-la.
Como já citado, um dos pontos altos do programa é a diversidade de seu elenco e o fato de ser seis programas em um. Por possuir 12 apresentadores, dois de cada país participante, o Ultimate Beastmaster traz um frescor que o diferencia de outros realities de competição por permitir que cada um dê o tom característico à sua versão da competição, o que torna tudo mais atrativo e divertido. Na versão brasileira temos como apresentadores um surpreendentemente divertido Rafinha Bastos e o lutador Anderson Silva.
Em um mundo que vem sendo marcado recentemente por polêmicas envolvendo preconceito e xenofobia, é revigorante e interessante acompanhar um programa leve e divertido onde culturas se misturam. E assim como ocorre nos Jogos Olímpicos, podemos acompanhar a diversidade coexistir diante dos nossos olhos.
Sem dúvidas, vale dar uma chance para Ultimate Beastmaster, principalmente se você gosta de torcer e acompanhar uma competição leve. E é claro que certamente não é um mau momento na história do mundo para ser lembrado que, independentemente do país, cor da pele, ou identidade nacional, estamos todos apenas correndo no mesmo curso, fazendo o nosso melhor para não cair e ajudar o próximo, caso este caia.
P.S.: Apresentadores da Coreia do Sul: Reis do Pop. Amo demais.