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Lollapalooza Brasil 2017 | Destaques do primeiro dia de festival

O Lollapalooza Brasil 2017, festival de música pop-rock-alternativa que acontece no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, teve seu primeiro dia de eventos no sábado (25) com muita música boa e alguns shows surpreendentes. Confira abaixo nossas opiniões sobre os highlights:

 

Metallica

A banda está de volta aos palcos brasileiros pela nona vez e performou músicas de seu novo disco, “Hardwired… to Self-Destruct“. Eles cumpriram com louvor o desafio de ser o primeiro headliner de heavy metal em uma noite de Lollapalooza nos seis anos de festival em São Paulo, comandando um público recorde de cerca de 100 mil pessoas.

Apesar do repertório novo, o Metallica apresentou um show potente e contagiante que começou cerca de 21h e durou aproximadamente duas horas. A banda optou por priorizar as músicas novas mais para o início e meio do show. Destaque para as excelentes “Hardwired” e “Atlas, Rise!“. Já os clássicos infalíveis “Master of Puppets“, “Nothing Else Matters” e “Enter Sandman” ficaram mais para o final e empolgaram o público.

 

The Chainsmokers

O duo se apresentou ao mesmo tempo que a grande atração da noite, o Metallica, e acabou trazendo um show óbvio e com alguns clichês. É sabido que o som da dupla está longe de ser inovadora, mas a apresentação se limitou a tocar alguns de seus hits. Destaque para a bem-sucedida “Closer” e de músicas de outros artistas, como Florence and the MachineRed Hot Chili PeppersEd Sheeran e Blink-182. O público presente pareceu se divertir… No fim das contas é isso que importa, não é mesmo?

 

The xx

Vamos falar de coisa boa? O The xx fez um show incrível, trazendo um clima intimista para o Autódromo de Interlagos. Foi bonito de ver a emoção da banda com os fãs cantando junto as músicas de seus três discos – destaque para “Crystalised“, “VCR“, “Sunset“, “Angels” e “Intro“. As músicas mais dançantes do novo disco ajudaram a equilibrar a setlist e balancear os ânimos. “Say Something Loving“, “Dangerous” e “On Hold” mostram um The xx mais arriscado, saindo do lugar comum e de um território de maior conforto apresentado nos dois discos iniciais, e que mesmo assim continuam muito bem. Sem dúvidas, uma banda que fez a diferença nesse primeiro dia de shows.

 

Tove Lo

Que Show! Que mulher! Dona de uma voz única e um carisma enorme, Tove Lo nos agraciou com um show intenso e divertido, com destaque para os hits “Moments“, “Habits (Stay High)” e “Talking body“, que levantaram um coro impressionante de fãs no palco Axe do Lolla, todos apaixonados pelo talento e beleza da jovem cantora.

Algo muito positivo na performance da sueca é que, mesmo com toda expectativa gerada em torno de uma nudez eventual – que ocorreu bem rapidamente quando a cantora mostrou os seios durante uma performance -, ela conseguiu imediatamente substituir isso pela empolgação da plateia em vê-la ao vivo e presenciar seu talento. Esperamos que ela retorne em breve ao Brasil, dessa vez como headliner nos palcos principais dos grandes festivais de música. Sem dúvidas, será merecido.

 

Rancid

Em cerca de uma hora de show, a banda presenteou com um verdadeiro espetáculo punk àqueles que aguardaram 25 anos para vê-los ao vivo no Brasil. O show foi voltado aos fãs que já conhecem o repertório da banda apresentando seu punk californiano com influências reggae, que faz com que eles tenham um som tão único. Destaque para o clássicos “Salvation“, “The Bottle“, “Olympia Wa” e “Time Bomb“.

 

 

The 1975

Se você não conhece The 1975, deveria ir atrás. O som da banda, apesar de remeter a uma vibe bastante oitentista, é tão moderno e versátil que às vezes nos perdemos em suas músicas. Os destaques do show que apresentaram no Lolla foram a maravilhosa “The Sound“, além das ótimas “She’s American” e “Sex“.

 

 

 

Tegan and Sara

O show das canadenses foi bem diverso e interessante. As moças mostraram um som cada vez mais pop eletrônico, que pode ser conferido nos seus discos mais recentes – “Heartthrob” e “Love You to Death“, de 2013 e 2016, respectivamente. Entretanto, canções da fase mais indie das duas estavam presentes, como a ótima “Living Room“.

As cantoras demonstraram bastante nervosismo no início, que foi sumindo conforme iam se acostumando com a recepção calorosa dos fãs brasileiros. Vale destacar a homenagem feita ao cantor George Michael antes da música “U-Turn“.

 

Criolo

Vale destacar o show do rapper brasileiro Criolo. O paulistano fez todo mundo cantar “Não Existe Amor em SP” em coro e também fez jus ao gênero do Rap, dando sempre prioridade e ênfase às suas composições de tom político, como “Lion Man“, “Vasilhame” e “Grajauex“. Outras que foram lembradas durante o show são de seu primeiro álbum de estúdio, “Ainda Há Tempo“, de 2006, e relançado no ano passado, entre elas “É o Teste” e “Breaco“.

 

Fotos: G1

Darlan Generoso

Economista, podcaster e troll profissional.