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Jukebox | Zara Larsson – So Good

Bem-vindos à Jukebox, a coluna de música do LoGGado que estreia falando um pouco sobre o mundo da cantora sueca de 19 anos Zara Larsson.

Tem sido bem longa a campanha de divulgação e lançamento dos singles promocionais do segundo álbum de estúdio de Zara Larsson. Uma estrela em ascensão só pode continuar a subir durante algum tempo – especialmente quando cinco singles são lançados antes do álbum! Mas, felizmente para Zara, valeu a espera e “So Good” traz grande versatilidade e personalidade em suas canções, algo que me remete muito ao som que Rihanna , Sia e Tove Lo fazem no pop atualmente.

Obviamente, os primeiros singles foram fantásticos – particularmente o quadruplamente platinado hitLush Life” e sua tentativa magistral de música eletro/house com o cantor britânico MNEK em “Never Forget You“. As duas músicas são um ótimo exemplo do porquê esse álbum é tão interessante. Apesar de serem faixas extremamente pop, não são piegas e mais do mesmo. Enquanto “Lush Life” se destaca pelos seus versos cadenciados e ritmo dançante, “Never Forget You” abusa dos acordes eletrônicos para dar ritmo à uma canção bem emotiva e pessoal.

Além dos dois super bem-sucedidos singles supracitados, outra canção que merece destaque no álbum por sua essência extremamente pop é “Ain’t My Fault“. A faixa é muito bem produzida e contagiante, além de contar com ótimos vocais de Zara e co-autoria do MNEK. Outras canções que dão continuidade a esse mesmo tom durante o álbum é a boa “I Would Like“, principalmente por seus irresistíveis ganchos, e as excepcionais “One Mississippi” e “TG4M“.

No entanto, nem tudo é ótimo em “So Good“. A faixa que dá nome ao álbum, sua colaboração com o rapper Ty Dolla $ign, é bem clichê e preguiçosa. É um pop divertido? Sim, mas o refrão fácil com rimas batidas não empolgam e o que era pra ser catchy e até mesmo um pouco sexy se torna chato e enfadonho, sendo um dos pontos baixos do álbum. Entendo que “Only You” e “Sundown (feat. Wizkid)” teriam sido melhores escolhas para quinto single do álbum, já que são canções com muito mais personalidade e, por isso, musicalmente mais interessantes para serem exploradas. Isso, é claro, apesar do lirismo um pouco desajeitado em “Only You“, o que é muito bem compensado com um refrão fantástico. Já “Sundown” se parece com o estilo despreocupado de uma canção uptempo que Rihanna teria lançado nos bons velhos tempos antes de “Work” e outros questionáveis #1 singles de 2016.

No entanto, enquanto em “Sundown” vemos Zara satisfatoriamente preenchendo a lacuna causada pela ausência do estilo ‘Rihannesco’ na música, outras canções, como “Make That Money Girl“, funcionam menos no álbum por parecerem triviais e banais demais. Estendo essa decepção a “Funeral” e “I Can’t Fall In Love Without You“, que apesar do piano e da letra fofa e sentimental percebo como sendo extremamente boba e simples demais, talvez por se tratarem de uma composição de uma jovem Zara e sua percepção ainda inocente do amor. No entanto, isso não quer dizer que este não é ainda um registro pop agradável e satisfatório que, mesmo estando longe de ser perfeito, diverte, encanta e cumpre seu papel de nos apresentar uma Zara pronta para assumir seu lugar de direito na música pop.

Avaliação do Álbum

Diz aí nos comentários o que você achou do álbum! Lembrando que ele foi o mais votado no nosso grupo do Telegram para estrear a coluna. Caso queira nos ajudar a escolher os próximos álbuns ou singles que falaremos aqui, participe do grupo clicando aqui. Abraços e até a próxima!

Darlan Generoso

Economista, podcaster e troll profissional.