Lollapalooza Brasil 2017 | Destaques do segundo dia de festival
Confira os destaques do segundo dia do festival Lollapalooza Brasil 2017, que aconteceu no domingo (26) em São Paulo.
The Strokes
O grande destaque deste segundo dia de festival foi o show da banda The Strokes. Eles optaram por tocar quase todo o primeiro disco “Is This It” (2001), o que acabou fazendo com que as músicas do álbum lançado em 2011 ficassem de lado. Entretanto, isso não diminuiu a apresentação em nada.
Entre os hits que embalaram o público e empolgaram estão “Someday“, “12:51“, “Reptilia“, “Is This It“, “New York City Cops” e a icônica “Last Nite“. Porém sempre fica aquele gostinho de quero mais, e apesar do show ter sido ótimo, ficamos nos questionando o quão épico seria se além dessas eles tivessem inserido na setlist “You Only Live Once“, “Juicebox” e “Under Cover of Darkness“. Sem dúvidas seriam protagonistas do melhor show do festival.
MØ
A cantora dinamarquesa fez um show impecável neste segundo dia de festival e mostrou muita personalidade no palco, provando que é possível fazer sucesso no pop atual sem ser insípido e genérico.
Entre as músicas que ela apresentou estão o mega hit “Lean On“, “Riot Gal“, que faz menção ao passado punk, e as ótimas e poderosas “Drum” e “Final Song“. A cantora dominou o palco com suas batidas mais eletrônicas e seu show de carisma junto ao público. Ela se apresenta no próximo dia 29 na Lolla Party de São Paulo.
Melanie Martinez
Decepcionante. Foi bem difícil conseguir assistir ao show da cantora Melanie Martinez no palco Axe. O público, apesar de vazio devido sua apresentação ter ocorrido ao mesmo tempo que o show do The Weeknd, que se apresentava no palco Onix, estava animadíssimo cantando todas as músicas, chorando e fazendo muito barulho a cada canção. Entretanto, a cantora parecia acuada no palco enorme que lhe deram, cantando baixo e desafinando demais durante toda a apresentação.
Como alguém que conhece o trabalho e a carreira de Melanie, afirmo que foi frustrante ver que, apesar das excelentes composições e da personalidade única da jovem cantora, seu show se resumiu a andar de um lado para o outro no palco sem interagir muito com o público e se limitar a um obrigado de vez em quando. Vale destacar entre as músicas cantadas “Cry Baby“, que dá nome ao seu álbum de estreia, “Dollhouse“, “Carousel” e a dupla “Tag, You’re It” e “Milk and Cookies“.
The Weeknd
O cantor canadense é um hitmaker, e isso ficou mais do que claro em seu show, que encerrou as atividades do palco Onix na segunda noite do festival. O show conseguiu unir muito bem o R&B às batidas eletrônicas e sintetizadores, levando o público à loucura. É pop de qualidade complementado por um excepcional presença de palco e por uma banda competente. Houve também uma histeria geral quando sua namorada, a cantora Selena Gomez, apareceu no telão, nada novo sob o sol.
Na setlist tivemos hit atrás de hit: seja do início, com os sucessos recente “Starboy” e “False Alarm“, à baladinha melódica “Earned It” e até mesmo ao transformar o Autódromo em um mar de gente pulante no final dos hinos com “I Can’t Feel My Face” e “The Hills“. Sem dúvidas um show para se recordar.
Duran Duran
Fazendo um show bastante nostálgico, a banda trouxe vários hits que os consolidaram e os tornaram influentes até hoje. Entre as canções mais marcantes tivemos a sequência matadora com “The Wild Boys“, “Hungry Like The Wolf” e “A View to a kill“. Tivemos também o hit da década de 1990 “Ordinary World“, mas devido a um atraso de cerca de oito minutos no início do show, ficamos sem “Save a Prayer” no fim.
É importante destacar que o show contou com uma participação tímida da cantora brasileira Céu e tocaram algumas das favoritas dos fãs: “Girls on Film” e “Rio“.
Two Door Cinema Club
Mostrando um tom bem mais enérgico que em seus álbuns de estúdio, a banda Two Door Cinema Club surpreendeu bastante durante seu show. Os efeitos eletrônicos nas músicas apareceram de forma forte, mas sempre em segundo plano, e até ajudaram a construir o clima das performances.
O som pareceu ser mais comercial do que me recordava e isso é algo super positivo, pois trouxeram um ar de novidade enquanto assistia ao show. O maior destaque ficou por conta das faixas mais antigas da banda, como “Come Back Home“, “Cigarettes in the Theatre” e “I Can Talk”, sendo esta acompanhada pelo público que cantava em coro.
Fotos: G1