Crítica | O Poderoso Chefinho
A chegada de um novo membro da família é um momento esperado com muito ânimo e ansiedade pelos pais. Por outro lado, para a criança, que tinha toda a atenção para si, um irmãozinho ou uma irmãzinha só pode significar uma coisa em sua vida: catástrofe.
A vida de Tim era perfeita. Cada dia, munido de sua fértil imaginação, o menino vivia uma aventura nova e empolgante. Seus pais, os melhores do mundo, estavam sempre presentes para contar histórias, dar abraços e cantar canções especiais. Nada, aparentemente, poderia estragar essa relação. Até a chegada do bebê.
Deste momento em diante, você pode escolher como quer encarar a história do filme. Seria este bebê diferentão, que fala e usa terno e gravata, realmente um membro da grande empresa que produz bebês? Seria ele realmente um adulto que nasceu fadado a nunca crescer? Ou será que tudo isso não passa de uma grande metáfora com a finalidade de ilustrar os sentimentos e dúvidas de uma criança super imaginativa? Seja qual for a opção que você escolher acreditar, essa dualidade na animação, assim como sua sagacidade no captar de certas falas e comportamentos das crianças, o torna divertido para qualquer faixa etária.
E por último, mas não menos importante, a mensagem que O Poderoso Chefinho quer passar. Ou, em outras palavras, o porquê de valer a pena sair de casa para levar sua criança, seja filho, sobrinho, afilhado ou criança interior, para assisti-lo. Basicamente? O amor. É clichê falar assim, mas essa é, de fato, a essência do filme.
Muitos dirão que é batido, mas sempre que voltamos a nos deparar com essa temática nos apaixonamos. Afinal, é isso que buscamos na vida, logo é agradável ver em um filme como este. Ao meio de muita comédia e sonequinhas, O Poderoso Chefinho vem trazer, mais uma vez, o amor superando as diferenças e provando que numa família sempre há espaço para mais um.