Arrow | 5×18 – Disbanded
Se o episódio anterior conseguiu trazer a mesma qualidade tanto nos flashbacks quanto no presente, foi Disbanded que amarrou tudo isso em uma coisa só. Arrow conseguiu conectar muito bem as duas partes de sua história para trazer mais um ótimo episódio.
Os jogos mentais feitos por Adrian Chase realmente tiveram consequências grandes no Oliver e em sua equipe, e por mais que fosse óbvio que o Team Arrow não deixaria de existir permanentemente, essa acabou sendo uma boa forma de mostrar os efeitos do ataque psicológico de Prometheus. Oliver estava visivelmente abalado, e isso se refletiu em suas ações e nas de seus companheiros, especialmente Diggle.
John mostrou porque ele é o amigo mais próximo do Arqueiro em Disbanded. Por mais que sua forma de agir seja um pouco irritante (até porque todos querem ver o Chase sofrendo um pouco), ela condiz muito com o personagem. E ainda gerou um momento de tensão bem grande entre os dois mais antigos protetores de Star City, coisa que não acontecia com essa intensidade há bastante tempo.
Colocar a Bratva “livre” para agir em Star City também foi uma ótima ideia. Passado e presente entraram em conflito direto e o resultado disso foi muito bom. A passagem de Oliver na Rússia foi a melhor coisa dos flashbacks em muito tempo, e poder não só conhecer essa história, mas também ver como isso se entrelaça com sua cruzada em sua cidade natal foi muito interessante. Anatoly foi outro grande ponto positivo, apesar de ele ter sido apenas um convidado esporádico nos quatro anos anteriores, o personagem foi muito bem explorado nesta temporada e seu desenvolvimento foi muito bom de acompanhar. Ver alguém que considera o Oliver como irmão apontar uma arma para ele e ameaçá-lo de morte com certeza teve um alto valor de entretenimento. Só fica a torcida para que algo assim nunca aconteça com o Diggle.
Mas o grande destaque do episódio foi o vilão da temporada, Adrian Chase. Será, no mínimo, injusto se Josh Segarra não ganhar nenhuma indicação ou prêmio por sua atuação nesta temporada. O ator deu vida a Prometheus de forma magistral, e isso ficou bem claro aqui. A cena final foi uma das melhores que Arrow já teve, e muito se deve a ele e a forma como ele consegue expressar em seu rosto e em sua linguagem corporal tudo o que o vilão da temporada de fato é. Claro que o resultado final não é apenas mérito dele: a atenção para o detalhe do sangue saindo do ferimento aberto no ombro, o trabalho com o ângulo da câmera e a breve sequência de luta. Toda a parte técnica foi planejada para criar um momento marcante, e o resultado não poderia ter sido melhor.
Agora que Prometheus está livre e que sua identidade não é mais secreta, é impossível prever quais serão seus próximos movimentos, e as possibilidades que ficam em aberto para o roteiro explorar são infinitas. Se tudo o que vimos até aqui for uma indicação do que vem a seguir, então podemos esperar histórias muito boas nos episódios que faltam para o fim da temporada, e acho que não tem ninguém que não está animado para ver o final de tudo isso.