RuPaul’s Drag Race | 9×09 – Your Pilot’s On Fire
Já podemos considerar este nono ano de Drag Race como a temporada dos lipsyncs… Dos lipsyncs ruins, que nada empolgam e que ganha só a menos pior em toda a dublagem. E não é querendo ser um hater mais uma vez, pois esse episódio foi ótimo, mas a dublagem deixou – e muito – a desejar. Daqui a pouco voltamos a este assunto, vamos começar com o desafio e a runway, que finalmente me fizeram gritar “MEU DRAG RACE ESTÁ VIVOOOOOO!”.
No desafio da vez, os times deveriam produzir, atuar e exibir o piloto de uma nova série. O time Shea e Sasha, como sempre, se saiu fenomenalmente bem, como se alguém tivesse dúvida disso. Toda vez que as duas se juntam, já sabemos que algo muito bom sairá dali. Por mais que eu não vá com a cara de Sasha, seja pelo seu estilo ou algo que nem eu ainda sei bem, ela é inteligente, sabe sempre o que está fazendo e, assim como Shea, é muito boa no que faz. O piloto sobre duas espiãs e justiceiras que estão combatendo o que é ruim na moda é incrível. Foi engraçado, tinha sentido e me dava vontade de assistir mais sobre aquilo. A narração da Sasha também dava um quê a mais em toda a produção.
Depois tivemos Nina e Valentina, com um piloto que não dava para entender o que as duas eram, indo para a prisão e depois se tornando drags em Drag Race. Era tudo uma confusão. Não tinha uma storyline boa que prendesse e nem nada engraçado para se fazer uma comédia. Como Noah Galvin (o jurado objeto cênico da vez) disse resumidamente: “Parecia um filme. Precisa ter uma fórmula para continuar toda semana”. Basicamente tudo o que foi apresentado pelas duas já havia um começo, meio e fim, e não tinha como continuar da onde o piloto termina. Além também de toda a falta de preparação de ambas, pois nada ali era roteirizado e era sempre feito no improviso, mostrando a bagunça que aquela trama era.
Alexis, Trinity e Peppermint também fizeram um trabalho incrível, com uma história diferente, engraçada e que lembrava muito uma comédia daquelas de 20 minutos que a gente assiste para passar o tempo sem muito compromisso, apenas para rir. Como dito durante as críticas dos jurados, Alexis foi a mais apagada, pois Trinity roubou a cena com seu papel de freira, mãe das gays, e Pepper é muito carismática, o que faz você gostar dela logo de cara. Além disso, ainda fez um ótimo trabalho interpretando uma das mães de filho homossexual. O chilique da Alexis não tinha sentido algum, COMO SEMPRE, sempre arrumando alguma desculpa quando falha em algo. Não foi a primeira vez e provavelmente não será a última. Não vejo a hora dessa mulher sair, porque ninguém aguenta mais.
A runway da semana teve o tema Club Kid Couture, então é a hora de extravasar e referenciar Drag Queens que tanto fizeram pela história das mesmas. Uma decepção foi não ter James St. James como jurado neste episódio, pois era uma referência ao movimento nos anos 1980.
Como toda a temporada, nenhum desfile é ruim. Todas as queens que desfilaram nesse momento não deixaram a desejar ou trouxeram looks horrorosos, como em temporadas passadas, mas sempre faltou alguma coisa, um destaque ou algo memorável. Mas desta vez, diferente de outras, Peppermint se destacou muito com o seu look de Club Kid. Estava impecável, chamava atenção e deverá ser uma de suas apresentações mais memoráveis daqui pra frente. Todas as outras também estavam ótimas, com exceções de Nina, que sempre tem uma ideia muito boa mas a finalização é sempre mal feita, e Alexis querendo ser emponderada com o seu corpo, mas que falhou em apresentar algo mais chamativo.
Sasha e Shea venceram com mérito, enquanto Valentina e Nina dublaram pelas suas vidas. Ambas foram ruins no desafio também. A saída de Valentina pode ter sido inesperada, mas compreensível, pois estamos em um reality show em que qualquer uma ali pode ser eliminada. Porém foi pior que isso, foi vergonhoso o jeito que ela saiu.
A última chance de se manter na competição é dublando, mas ela não sabia a letra e preferiu ficar com a máscara, até que RuPaul deu uma chamada – e bem dada – sobre “qual a parte disso ser um lipsync que você não entendeu?”. E então depois de tirada a máscara que entendemos o porquê dela continuar usando aquilo. Assistindo ao Untucked é que entendemos o motivo pelo qual ela nem ousou tentar aprender a música, enquanto todas sempre que estão com risco de sair tentam fazer.
Não sei se é prepotência ou muita confiança em si mesmo, mas ela realmente não achou que ia sair. E como tudo tem um preço, essa falta de preparo dela custou sua eliminação. E, mais uma vez, tivemos um lipsync onde a menos pior ficou, pois TODAS as dublagens desta temporada estão terríveis, salvo Trinity, que sempre se saiu melhor quando precisou fazer.
Finalmente tivemos um episódio muito bom do início ao fim e com um final surpreendente para salvar até um lipsync básico. Temos seis drags restantes e já entramos na reta final para saber quem será a nova Drag Superstar que levará a coroa para casa.