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D.P.A. – O Filme | Saiba como foi a coletiva de imprensa com o elenco

O longa infantil D.P.A. – O Filme mal estreou e já levou 150 mil pessoas para as salas de cinema no primeiro fim de semana – e a meta são 2 milhões, avisa o produtor Sandi Adamiu logo nos primeiros minutos de coletiva. “Estamos sonhando sim com esse número, apesar de estarmos concorrendo com filmes como Meu Malvado Favorito 3 e Carros 3“, completou o produtor.

A imprensa, que na ocasião contava com dezenas de crianças convidadas, interagiu durante 45 minutos com uma mesa cheia de talentos que variava entre atores mirins super bem articulados, gigantes da atuação como Tamara Dax e um diretor responsável por uma das maiores bilheterias nacionais.

Logo no início da coletiva, durante suas apresentações individuais, os atores da atual geração de detetives, Pedro Henriques Motta (Pippo), Anderson Lima (Bento) e Letícia Braga (Sol), falaram sobre como eles sempre foram fãs do programa. “Sempre nos lembramos da época em que assistíamos ao programa. Então, estarmos hoje aqui vestindo esse jaleco é um sonho que se tornou realidade“, disse Pedro Henriques, o Pippo. Além disso, os três novos detetives demonstraram um grande respeito e carinho em relação aos colegas responsáveis pelas primeiras temporadas do programa: Letícia Pedro (Mila), Cauê Campos (Capim) e Caio Manhente (Tom).

Quando questionados por um garotinho sobre como eles fizeram para se tornarem os Detetives do Prédio Azul, o diretor André Pellenz tomou a frente: “Quando o programa estreou em 2012, estávamos carentes de dramaturgia infantil e, por isso, o processo de seleção dos atores foi um pouco mais complexo. Afinal, não sabíamos como os personagens seriam“. André disse que cinco anos após a estreia o programa já tinha uma personalidade e era sucesso de público, então foi muito mais fácil escolher quem seriam os novos atores para embarcar na saga do Prédio Azul. O diretor aproveitou ainda para atribuir à Paris Filmes a chance de fazer o longa. Segundo ele, antes da distribuidora dar carta verde para o primeiro filme de Carrossel, os filmes infantis eram tratados como desperdício de dinheiro. “Não tem potencial. Não tem público, diziam“, revelou.

Pellenz também falou sobre o boletim escolar dos seus pupilos, quando questionado por uma mãe sobre a responsabilidade que é trabalhar com crianças. Segundo o diretor, ele costumava cobrar o primeiro elenco em relação as suas notas e terminou sua fala com aspecto de pai orgulhoso ao dizer que nunca teve maiores problemas, pois as notas das crianças sempre foram boas. Inclusive as dos novatos.

Representados por Letícia Pedro (Mila) e Cauê Campos (Capim), a primeira geração falou sobre a despedida da série e a emoção que foi dar vida, mais uma vez, aos personagens que marcaram suas carreiras. “A minha personagem foi a última a ir embora, eu ainda fiquei uma temporada com o novo elenco, então nem senti direito essa despedida. A Mila saiu de uma forma não tão convencional, ela virou bruxa“, explicou a atriz.

Outra bruxa querida do programa é a síndica Leocádia, interpretada pela veterana Tamara Dax. Tamara disse que o sucesso do programa se dá por ele passear muito bem entre realidade e ficção. A atriz se emocionou ao responder um antigo fã, que a questionou sobre o hiato que deu em sua carreira antes de entrar para o programa D.P.A.: “A indústria infelizmente funciona desta forma. Eu fico muito triste em ver colegas da minha idade caindo no ostracismo. Fico triste principalmente por essa nova geração não ter a chance de conhecer o trabalho de pessoas incríveis que estão fora da mídia e dos palcos por serem velhas demais“. Tamara então lembrou de um desabafo que fez nas suas redes sociais sobre o assunto e citou a atriz Joana Fomm, que escreveu algo semelhante.

Tamara e Ronaldo Reis (Severino), apesar de fazerem parte do núcleo adulto, afirmaram que sofrem bastante assédio de fãs mirins nas ruas e se divertem muito com a situação. Ronaldo revelou que sua filha já até sabe quando o pai vai ser abordado e se direciona para o lado para que os fãs possam tirar fotos. Já a neta de Tamara não se agrada tanto com esse assédio: “Ela já chegou a dar um chilique“, afirmou a atriz aos risos.

É claro que tiveram perguntas sobre os efeitos visuais do filme. Afinal, é um longa sobre magia com cenas de perseguição em submarinos. O diretor André Pellenz e o produtor Sandi Adamiu explicaram que o processo leva tempo e é caro. Um trabalho que tem que ser feito com cautela desde a decupagem, mas que nunca passou pela cabeça deles fazerem menos do que isso. Para André, filmes infantis têm que ter o mesmo engajamento que qualquer outro, e ele não queria ficar devendo em nada por respeito as crianças que assistem.

Em relação às cenas nos submarinos, Sandi contou que as gravações ocorreram em três submarinos diferentes e que eles tiveram apoio da Marinha. “Isso nunca foi feito antes no cinema brasileiro“, revelou. Os dois brincaram sobre como tiveram que ter três marinheiros para cada criança nas gravações para evitar que elas quebrassem o submarino. A pequena Letícia Braga então interrompeu: “Imagina você ter aquele painel gigante, cheio de botões. É claro que você vai querer apertar todos!“.

D.P.A. – O Filme está em cartaz em todo o Brasil.

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