Raven’s Home | A volta da Raven e de suas visões
Diversas séries que fizeram muito sucesso no tempo em que eram exibidas estão sendo relembradas ultimamente e ganhando reboots, remakes e até continuações. Assim como Fuller House, que se originou de Full House (Três é Demais), Raven’s Home também chegou para acompanharmos novamente a história de Raven Baxter, da série original That’s So Raven (As visões da Raven).
Na nova série, Raven (Raven-Symoné) está divorciada e é mãe dos gêmeos Booker (Issac Ryan Brown), um jovem garoto que possui o mesmo dom de ver o futuro, e Nia (Navia Ziraili Robinson). Mas ela não está sozinha, agora Chelsea (Anneliese van der Pol), a mesma da série original, também é divorciada, tem um filho chamado Levi e vai morar junto com a amiga por conta de problemas financeiros.
Ao assistir o primeiro episódio da série, é impossível não compará-la com Fuller House, pois ambas praticamente possuem os mesmos moldes. Temos a protagonista que agora é mãe solteira, uma amiga um tanto quanto diferente e crianças parecidas com suas personalidades ou de algum personagem da família da série original.
Apesar de toda a base ser muito parecida, Raven’s Home se difere bastante por não perder a identidade da série mãe. As visões que Raven tinha/tem ainda não são específicas e não causam à personagem, nem ao seu filho, algum comportamento além do esperado. E, no final, a visão sempre não é aquilo que parece ou algo que fuja daquilo que a pessoa com o dom achava ser.
É legal ver uma Raven mais velha e mãe de dois filhos que, mesmo com o passar dos anos, continua sendo a mesma Raven que acompanhamos em toda sua adolescência. Sempre sendo algo a mais e forçando um pouco a barra no meio das confusões que se mete. Ela não perdeu sua essência, mas não soa mais tão engraçado como era antigamente. Já Chelsea parece ainda mais forçada do que era na série original. Ao invés de progredir, ela regrediu, além de não fazer tanta graça quanto deveria e tornar os momentos que era para nos fazer rir em algo mais embaraçoso do que engraçado.
Do elenco infantil, Nia, a filha de Raven, e Levi são os destaques, os únicos que nos fazem querer continuar a ver essa história. Booker e a vizinha Tess (Sky Katz) não são nada naturais quanto as duas primeiras crianças citadas. Suas cenas só dão vontade de que acabem logo para que voltem a focar em Nia e Levi.
Por mais que a série tenha claramente tudo o que As Visões da Raven tinha, ela parece que funciona menos do que quando passava anos atrás. Isso pode ser devido ao fato de que se passaram dez anos e os tempos mudaram, e o tipo de piada que se usava antigamente já não casa mais com o tipo de comédia que causa risada nas pessoas hoje em dia.
A música de abertura é uma boa atualização que fizeram. Muitos queriam que fosse mantida a primeira música da série original, mas, como já dito anteriormente, atualizações devem ser feitas e a trilha utilizada no começo, cantada pela própria Raven e seus dois filhos na série, mostra que uma inovação pelo menos neste quesito é sempre bem-vinda quando bem realizada. É um tipo de música que você não vai querer pular a abertura quando estiver assistindo.
Raven’s Home não é excelente e nem passa perto de ser tão boa quanto As Visões da Raven, mas te faz querer assistir principalmente se você era fã da série original e tem saudade de ver a Raven fazer suas estripulias para evitar as visões do futuro, que sempre dá tudo muito errado no final.