Scandal | 7×01 – Watch Me
Olivia Pope se tornou a definição dos versos da música “Essa novinha é terrorista, é especialista…” no retorno de Scandal. Sem dó e nem piedade, a premiere da última temporada do novelão de Shonda Rhimes nos mostrou que o poder, como sempre, deixa a protagonista em ponto de bala e atirando para todos os lados.
Logo no início, começamos a entender que a enfim presidente Mellie Grant quer aprovar a “Lei Vargas”, que vai dar faculdade gratuita a todos os estudantes norte-americanos, bem longe da realidade que os gringos estão vivendo no momento. Mas Shonda sabe usar ironia como ninguém. Olivia enfrenta deputados e senadores ao som de “Fight The Power” para que a tal da lei entre em vigor e ainda tem tempo de voltar a ter um caso com Jake e manipular Cyrus, que continua a ver o vice-presidente de Mellie. Quanto ao retorno de Jake para os lençóis de Pope, isso dura somente nesta premiere, já que a dona da Casa Branca não gosta de ser contestada e manda o almirante pastar, pois se tem algo que Jake sabe fazer é contestar Olivia.
A história do episódio gira em torno de um patriota americano sequestrado. A filha dele pede ajuda da repaginada OPA, que agora virou QPA (Quinn Perkins e Associados), e vemos Quinn, Huck, Abby e companhia sedentos por um caso até essa peculiaridade cair no colo deles. Quinn, grávida, pede a ajuda de Olivia que logo descobre que está com uma situação pesada em mãos porque o “patriota”, na verdade, é um espião. E como Ballard bem lembra à sua ex-amada, ela é o comando agora e o cara tem que morrer. Mas Olivia Pope é Olivia Pope, e depois de um desentendimento com Mellie e Jake, mais uma vez ela passa por cima de qualquer ordem com suas inacreditáveis manipulações e consegue que a QPA tenha seu primeiro grande sucesso, trazendo o professor ex-espião para casa.
Depois disso, Mellie e Olivia têm uma DR sobre quem manda em que e a chefe do gabinete faz a presidente entender que ela é a cabeça de tudo, como o episódio bem nos mostrou ao longo de seus 42 minutos que passaram voando. E Cyrus também teve uma epifania, mesmo que manipulado por Olivia, e decidiu não trair sua presidente após se mostrar insatisfeito com o posto de vice. O que deixa todos encucados porque, afinal, Scandal não é Scandal se Cyrus não estiver pau a pau com Liv em quem vai passar a perna primeiro no outro. E também nos alivia porque chega da Mellie ser tombada, né? E falando nela, é uma pena que veremos tão pouco da personagem como presidente, pois Bellamy Young já mostrou a que veio antes e talvez essa temporada não seja o suficiente para lhe fazer justiça. Mas só de não termos visto Fitz fazendo-a de otária, já foi um sopro de ar fresco.
Aliás, falando no Fitz, ele nem apareceu durante a premiere. Embora Tony Goldwyn seja um bom ator, também foi ótimo dar um tempo de ver a cara do ex-presidente sempre sendo o cachorrinho de Olivia. No geral, foi um retorno positivo e Shonda, junto dos outros escritores, não enrolou para nos mostrar que o plot final da série vai ser Liv botando os pés pelas mãos com tanto poder ao seu redor. Pena que os escritores não aprendem e já deram outro interesse amoroso para a nova comandante do B613, mas é de se esperar que o novo romance dela com o apresentador de TV não dê em nada. E já queremos ver mais cenas de Mellie e Olivia tendo diálogos loucos na sala oval da Casa Branca, porque, para mim, Bellamy e Kerry são as melhores quando estão juntas.