Nerd de Pijama | Você não pode salvar o mundo sozinho
Semana de estreia da coisa mais linda da DC que a Warner pode ca*ar na vida: o filme live-action da Liga da Justiça. E claro, eu como nerd e fã, não poderia deixar de comentar este acontecimento relembrando alguns pontos que podem e deveriam estar presentes atualmente no DCU – baseado no meu pouquíssimo conhecimento sobre o assunto. A princípio vamos voltar no tempo, sem fazer besteiras como o Barry fu%&ing Allen, e lembrar que tudo começou lá atrás na Sociedade da Justiça da América, o primeiro grupo de super-heróis que apareceu na história do mundo dos quadrinhos. Porque como diz o título deste post citando o novo filme do senhor Snyder, ninguém pode salvar o mundo sozinho.
Na Sociedade, eu tenho que confessar que uma das personagens que mais gosto é a Stargirl, já que ela cativa e ainda tem superpoderes diferentes dos outros… E vamos combinar que ficar carregando o seu Bastão Estelar não é nada prático em algumas missões de campo, como já vimos. Depois disso, a DC decidiu pegar seus principais personagens e colocar numa HQ para que pudessem trabalhar juntos. E se isso não tivesse dado certo, não estaríamos aqui em 2017 tentando adivinhar o que virá por aí nas telonas.
Claro que eu penso muito em como naquela época eles escreveram algumas brechas em personagens bem fortes, como Batman e Superman, para que ambos pudessem deixar o seu orgulho de lado e trabalhar juntos. Eu ainda não consegui encontrar material sobre, mas agradeço quem puder me mandar, afinal a HQ Os Novos 52 foi feita apenas recentemente com Liga da Justiça: Origem.
Após alguns anos, tivemos o começo de produção de animações para a TV e nosso amado cartoon da Liga com apenas cinco temporadas, que nos deixa bastante saudosos até hoje (era massa demais ver as piadas do Flash e a Mulher-Gavião quebrando tudo para fazer perguntas só depois). Depois do cartoon, houve algumas tentativas live-action também na TV, como Birds of Prey e Smallville, que apresentou uma Liga bem precária, ao meu ver, mas não podemos deixar de colocar neste pequeno histórico.
Alguns anos depois, as séries da DC começaram a ser produzidas de forma a recriar o universo na TV atual. Falhas sempre surgirão, e apesar de cada personagem ter a sua série separadamente, a CW (casa da falecida Smallville) nos presenteou recentemente com algo mais próximo da tal famigerada união dos nossos super-heróis. E talvez por acompanharmos estes personagens semanalmente, tornou-se algo bem empolgante de ver. O mega crossover trouxe aquela emoção linda de fã que tive logo ao começar ver Liga da Justiça Sem Limites (terceira temporada dos cartoons), quando outros super-heróis da DC, como Supergirl e Arqueiro Verde, interagiram. Para nós, fãs, é sempre um presente, principalmente para os de personagens menos conhecidos, como o Homem Elástico e Capitão Átomo.
Com um universo tão grande e expansivo, a DC sempre me encantou também com a realização da teoria física das infinitas Terras e, claro, as infinitas possibilidades de Ligas sempre renderam histórias boas para filmes e quadrinhos. Pena que até agora só foram realizadas animações sobre, mas voltemos a focar no filme que estreia esta semana. Acredito que todos nós já sabemos que a lógica seria o lançamento dos longas solos dos personagens para apresentá-los ao público com a nova visão, e só depois uni-los em um filme ou dois. E as séries deveriam, penso eu, integrar um grande conglomerado como outros estúdios fazem. Isso é lindo, confuso e extenso para os fãs, mas amamos do mesmo jeito e carregamos uma certa dor de Superman e Flash não existirem na mesma Terra no mundo das séries da DC.
Também não poderia terminar este post sem comentar o trio sagrado da DC, que originalmente começou o projeto da Liga: Superman, Batman e Mulher-Maravilha. Um trio que entre algumas nuances de escrita dentro da história virou um triângulo amoroso chato demais, já que é Diana quem decide com quem ficar por ora e fase do que está acontecendo nas histórias – lembrem-se que ela está certa, mas não dá para shippar nada direito com tanta indecisão e comprometer toda a Liga por conta disso, como já vimos. Ou ela volta para Themyscira e fica presa lá com seu Steve ou fica sozinha sendo a grande mulher que é, sem confundir a cabeça dos meninos de Martha. Obrigada, Diana, de nada.
Outro pronto importante neste post é sempre lembrar que, apesar do complexo de Superman, algo que muitos heróis enfrentam (seja na vida real ou na ficção), sempre temos alguém vigiando por nós. Sempre vai ter um amigo ou um anjo te protegendo na escuridão, no meio da noite sombria de Gotham ou Metropolis. E claramente como eu já havia dito em posts anteriores, isso é ótimo. Afinal, quando você chega com o bonde todo armado ninguém vai te incomodar, e o espírito de equipe te traz certas seguranças.
Vemos muito isso na Liga, principalmente com os heróis com menor destaque por saber que até mesmo o cara mais famoso do grupo vai te defender de bullying e quem sabe até dividir um lanche certas horas. O bom mesmo é lembrar: um bonde é um bonde, e a Liga sempre estará presente para defender seja qual for a sua Terra no meio de infinitas, campeão.