Vikings | 5×01/02 – The Departed
Estamos aqui após cinco anos. Cinco anos desde que Ragnar saiu de sua pequena fazendinha com um sonho e olha… não está fácil de aguentar tanta novidade com a volta desta temporada, viu. Os senhores roteiristas não tiveram piedade, assim como o Ivar e a Lagertha, e já vieram cortando toda e qualquer expectativa dos fãs de cara. Sinceramente? Eu ainda estou no chão após o episódio duplo.
Mas comecemos os trabalhos pelo velório de Sigurd, que ninguém ligava até ele gerar a treta entre os irmãos. Vocês acreditam mesmo no Ivar? Eu já tinha dado um Globo de Ouro para esse menino desta época, o cara é fingido demais e ainda é um estrategista tão exímio que manipula os irmãos na maior facilidade do mundo. Acredito que a única coisa real foi quando ele se abriu com o Floki, sua figura mais que paterna até então, e tive pena neste momento em específico, mas apenas neste. Ubbe já percebeu o perigo que Ivar representa faz um bom tempo, mas agora o círculo está menor e ele está se vendo diante de uma posição crítica de logo em breve ter de ir de contra o caçula Lothbrok.
Temos que dedicar uma parte desta review para o Floki, que largou os meninos de Ragnar para ir viajar o mundo e se perder um pouco, já que está sem Helga agora. Amei as cenas de Floki náufrago, abandonado no mundo, e realmente passou o sentimento de solidão que o personagem está. Nossos roteiristas não terminariam a história do nosso personagem sem antes fazer um drama… E não é que Floki recebeu dos corvos de Odin a graça de aportar em terras desconhecidas? Além de ferido, com sede e fome, sempre soubemos que ele não batia muito bem da cabeça.
Mas vocês também viram que Loki o estava esperando naquela cachoeira, não foi? Então teria Floki morrido e ido a Asgard? Ou só descoberto a terra dos deuses nórdicos por conta de Odin mesmo? Deixar este mundo que não lhe interessa mais e terminar em Asgard não seria má ideia, não é mesmo? Contudo, vamos aguardar para ver onde ele realmente está, e o icônico personagem finalmente ter esta ligação explícita com Loki foi um bom presente dos deuses também para nós.
Em Kattegat, Lagertha é rainha ainda ao lado de Torvi e Astrid. Vemos que Guthrum cresceu e muito nesse meio-tempo e que a chegada do Rei Harald abalou um pouco as estruturas tão bem construídas pela rainha do lugar. Acusado, ele não nega na frente de ninguém ter tramado a morte de Lagertha. Logo, ela o prende para tirar mais informações e saber o real motivo. E quando pensávamos que ela estava prestes a torturá-lo ainda mais… Bem, foi um ato que me chochou pessoalmente como fã da personagem e me fez repensar muita coisa.
Será que ela ainda quer engravidar mesmo sabendo que não terá mais filhos ou foi uma saudade que bateu ao conviver com tantas mulheres? Não sabemos muito da rotina dela na série, porém acredito que ela tenha lá seus planos. Harald consegue escapar e sequestra Astrid, que anda defendendo muito a bandeira sapatônica na série. Gente, sério, não precisa de tanto ódio assim no coração. No fim, acredito que ela compactuará com ele e, somado a Ivar, irão tomar o ex-reino de Ragnar.
Também temos que comentar o plot inglês do Bispo Heahmund, que está dominando todo o contra-ataque de suas terras. E agora que descobriu que Ecbert morreu, vai ficar rezando pela alma do santo rei. Sim, Ecbert será santificado em alguns anos. Amei saber que o Bispo de Jonathan Rhys Meyers mantém o nível do Henrique VIII na safadeza e depois fica se martirizando – vamos pensar como o Ivar, isso pode ser usado contra ele.
Ainda vimos que Aethelwulf (o novo rei, só que não, pois sabemos que Mércia e Wessex já pertencem automaticamente ao menino Alfredo após ele completar a maioridade) não está nada satisfeito de ter que se esconder nos pântanos por conta de seus inimigos. Porém, é com uma visão muito nostálgica de Athelstan que Alfredo confessa: “Meu pai me mandou ir até York, pois é onde os nórdicos estão”. A paternidade dele ainda será uma treta maior se Heahmund descobrir, mas vamos agradecer ao Deus cristão do menino Alfredo por ele ter saído do nojo de uma cabana no pântano para um acampamento de guerra digno inglês em York (que foi conquistada por Ivar e os irmãos), não é mesmo?
Bjorn vai deixar saudades também. Por mim ele já tinha largado o Mediterrâneo e iria governar junto ou no lugar de sua mãe. Também não confio no Halfdan ao seu lado. Mesmo ele aparentando inocência perto de outros inimigos mais poderosos, é aquele sentimento de cuidado com um personagem: vimos o Bjorn menino e agora queremos protegê-lo, sim! Tivemos dois lindos episódios, espero que o nível do roteiro não caia e que muitas tretas ainda venham por aí.