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Crítica | Homem-Aranha no Aranhaverso

O ano de 2019 começou badalado para o público que gosta de animações. Só na primeira semana tivemos a estreia de WiFi Ralph – Quebrando a Internet e Dragon Ball Super: Broly, e agora chega aos cinemas a aguardado Homem-Aranha no Aranhaverso, animação produzida pela Sony Pictures sem conexão com o Universo Marvel nos cinemas e, talvez, esta seja a principal vantagem deste filme que, arrisco dizer, é o que melhor Homem-Aranha que já passou pelas telonas.

O filme conta a história de Miles Morales (Shameik Moore), um garoto negro de Nova York que vê sua vida mudar quando ele ganha os mesmos poderes do Homem-Aranha. Perdido e confuso, Miles vai atrás do Homem-Aranha original, Peter Parker (Chris Pine), que está numa batalha feroz contra um grotesco Rei do Crime (Liev Schreiber) e seus capangas. O Rei do Crime quer abrir um portal para outras dimensões e acaba por matar o Peter Parker do universo de Miles, entretanto outro Peter Parker (Jake Johnson) aparece para ajudar Miles a entender seus poderes, e esse é só o começo da história.

O que faz de Homem-Aranha no Aranhaverso ser uma das melhores, senão a melhor, adaptação de Homem-Aranha no cinema é o resgate da essência original do que é ser o Cabeça de Teia. Assim como Peter, Miles era um garoto normal antes de receber seus poderes e ainda não entende o significado disso e do que fazer. Tendo um Peter Parker aposentado e rabugento como mentor, Miles enfrenta seus próprios medos e sua relação com a família rumo a se tornar um super-herói, sem deixar de ser um garoto. Homem-Aranha no Aranhaverso ainda trás uma série de vilões e vilãs divertidos e clássicos inimigos do Spidey, tudo isso numa atmosfera que lembra uma história em quadrinhos. Aliás, a sensação de estarmos lendo um gibi animado é frequente durante quase toda a exibição do filme.

O longa conta com uma participação de Stan Lee muito bacana, que fica ainda mais emocionante pelo fato do criador do Homem-Aranha, e tantos outros personagens icônicos, ter falecido no final de 2018. Homem-Aranha no Aranhaverso passada uma mensagem boa de que há um Homem-Aranha dentro de todos nós, não importa quem sejamos.

Dirigido pelo trio Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman, com roteiro assinado por Phil Lord e Rothman, Homem-Aranha no Aranhaverso é uma boa pedida para esse começo de ano e vai agradar dos fãs mais fiéis até quem nunca viu um filme do herói (existe alguém?). Então corra até o cinema mais próximo e não deixe de conferir esta animação!