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Supergirl | 2×17 – Distant Sun

Depois de um dos melhores crossovers já feitos (pelo menos para quem gosta de musicais), Supergirl volta com força total e começa a organizar o cenário para o final da temporada. Enquanto que parte dos problemas do episódio anterior foi resolvida em The Flash, Distant Sun se encarregou de fazer com o que aquilo que foi mais decepcionante na semana passada (a chegada “pacífica” dos pais de Mon-El) também fosse alterado.

Durante toda a temporada a expectativa era que os alienígenas caçando Mon-El fossem trazer uma guerra para a Terra, e quando o conflito não foi imediato o anticlímax acabou sendo decepcionante, mas é bom ver que esse caminho pacífico não será seguido. A sogra da Kara não parece muito interessada em fazer paz e a personagem foi uma das melhores coisas do episódio. É verdade que a sua forma de agir não é nada inovadora, e depois que o rei de Daxam deixou o filho fugir, a sua morte já era algo esperado, mas a construção dela como governante implacável foi boa e com certeza é um papel muito mais interessante do que o de mãe preocupada com o filho.

Kara, como já de costume, foi outro destaque. As características positivas da personagem são muito bem exploradas na série e é bom ver sua evolução do ano passado para cá. Kara se escondia, não revelava para ninguém quem ela realmente era e agora, quase dois anos depois, ela é a garota de aço que não foge ou se curva a ninguém. Sua coragem não se confunde com estupidez, ela de fato é uma heroína. E a melhor parte de tudo isso é que o roteiro consegue fazer com que ela não seja uma “escoteira chata”, como o Superman foi retratado durante muito tempo.

Diferente dos diálogos, as coreografias de luta poderiam ter sido melhores, mas mesmo não sendo muito convincentes pelo menos elas não foram péssimas ou exageradas. Seria bom que elas fossem melhor trabalhadas, especialmente quando envolvem a personagem principal, mas por enquanto isso não incomoda tanto.

E enquanto tudo isso acontecia, Alex e Maggie estavam ocupadas sendo o melhor casal das séries de herói da CW. É sempre bom ver momentos mais “reais” onde nos mostram que as personagens da série não são perfeitas. Maggie cometeu erros no passado e isso a afeta ainda hoje, e ver essas situações vindo à tona e sendo resolvidas é sempre interessante. Os diálogos envolvendo as duas são bem feitos, de forma que seja possível percebermos o respeito dos roteiristas por aquilo que querem representar. Esse casal foi feito pensando na representatividade, mas não foi feito apenas para isso, elas não são somente o casal gay da série, são também duas pessoas que se amam e que passam por problemas e os resolvem juntas. Ao mesmo tempo em que elas são o que muitos queriam, o relacionamento não deixa de parecer real, e isso é muito bom.

Com uma reviravolta muito positiva, bastante ação e um pouco de romance para deixar tudo com a cara da série, Supergirl apresentou mais um episódio ótimo. Faltando bem pouco para o final da temporada, eu mal posso esperar para ver a conclusão de tudo o que está acontecendo.