The Flash | 3×21 – Cause and Effect
Estamos a dois episódios do final deste terceiro ano da série, mas os produtores de The Flash resolveram colocar uma história filler para encher este buraco que ainda falta ser preenchido até a finale. Pelo menos apresentaram a explicação da origem de Savitar, que foi um pouco confusa e confesso que tive que assistir umas quatro vezes os primeiros cinco minutos do episódio para entender.
Depois de muito pesquisar e assistir, concluí que é mais ou menos assim: quatro anos no futuro (do ano que a série se passa), Barry cria vários remanescentes do tempo para derrotar Savitar. Isso já até tinha sido falado no episódio em que Barry vai ao futuro. Então, Savitar mata todos esses remanescentes, exceto um. Esse que sobreviveu vai atrás de Barry, Joe, Cisco e Wally para procurar um lugar familiar, já que ele nada mais é que o próprio Barry Allen. Ele é ignorado por todos, já que o consideram uma aberração temporal e não o verdadeiro Barry. Com o tempo, ele sofre cada vez mais até perceber que um “Deus” não sofre ou sente dor, então ele se torna cada vez mais rápido. Aí ele volta ao passado para essa realidade atual e quer matar Iris para, assim, o The Flash que acompanhamos possa fazê-lo nascer. Tudo não passa de um looping, onde não tem início nem fim. Como diria H.R. durante o episódio, é a mesma história do “o que vem primeiro, o ovo ou a galinha?”.
É um pouco confuso e até agora tento assimilar tudo o que a série me deu de informação. O lado legal é que quando um remanescente foi criado para derrotar o Zoom e se sacrificou para que isso fosse feito, eu realmente me peguei pensando diversas vezes que aquele era um Barry com uma vida, mesmo não sendo o “original”, e sobre o que aconteceria a ele se estivesse vivo.
Mas isso foram só os cinco minutos iniciais do episódio, que de resto foi abarrotado com uma grande história que não serve para nada na conclusão desse arco do Deus da Velocidade. Porém, mesmo assim, foi divertido de acompanhar um Barry mais bobo que descobre ser fã de Dragon Ball Z e/ou aprendendo a ser um velocista novamente, o que rendeu momentos divertidos e contagiantes durante toda sua execução. Se isso fosse utilizado há uns quatro episódios, teria me feito gostar mais… Mas como estamos na reta final, é um pouco decepcionante.
Por todo esse esquecimento de Barry, que logo afetou Savitar, Nevasca precisou colaborar com o time Flash para que tudo voltasse ao normal. Foi bem feita a interação entre ela, Cisco e Julian, nos dando uma nova dinâmica. Pudemos ver relapsos de Nevasca agindo um pouco como Caitlin, já dando para prever que a redenção da vilã será feita através do forte elo de amizade que tinha com os antigos parceiros. O futuro da garota gelada ainda não sabemos, mas se for feito um meio-termo entre Caitlin e Nevasca, ficará muito mais interessante para a personagem do que só sofrer por amor e completar frases do Cisco… E, claro, ganharemos mais uma heroína no time.
Por fim, Iris West. Para quem não gosta da mulher, está cada vez mais caindo do cavalo nesta reta final. Ela é a motivação de Barry ser o Flash, e toda vez em que o herói precisa de mais motivação, é ela que entra com todo seu discurso e lembranças dos dois para que ele se torne maior e melhor. E volto a dizer que Iris é um dos personagens mais bem desenvolvidos na série, e isso se mostra cada vez mais. Não tem como existir um Flash sem sua amada, aprende aí, Arrow!!
Um vai sempre precisar do outro para se tornar uma pessoa melhor e até um herói mais forte. Mesmo com o flashback cafona em que Iris diz que os dois se apaixonaram quando tinham seis anos, tudo ficou brega e lindo, como se ambos sempre tivessem sido destinados a serem um do outro. É só notar como o Barry ficou duas vezes (o Savitar e o Barry do futuro) sem sua amada. Não vai ter The Flash sem Iris. E não posso deixar de falar de “Bart” Allen (uma clara referência ao neto de Barry e Iris nas HQs), que se apaixonou por Iris em menos de um dia. Ou seja… muito “nasceram um para o outro” mesmo!!
Cause and Effect deu um banho de água fria sobre o arco principal da temporada, mas nos trouxe entretenimento e nos fez lembrar do Barry mais leve quando não carregava o mundo em suas costas. Além também de ter apresentado uma ótima atuação de Grant Gustin, que teve que fazer três versões diferentes de seu personagem em apenas um episódio.