The Flash | 3×15 – The Wrath of Savitar
“Um irá traí-lo. Um cairá. Um sofrerá um destino pior que a morte.” Finalmente a profecia de Savitar começa a se cumprir com o novo episódio de The Flash.
Não é de hoje que essa terceira temporada faz episódios bem fracos e só os cinco ou dez minutos finais é que realmente valem a pena de assistir. E The Wrath of Savitar não foge muito disso. Posso afirmar que pela primeira vez nesta temporada fico empolgado para continuar a ver esta trama, que vem sendo enrolada há 15 episódios e, pelo visto, vai continuar assim por mais alguns.
Barry, provavelmente, é o meu maior problema neste terceiro ano. Desde que voltou do Flashpoint o personagem anda muito, mas muito chato mesmo, com os mesmos problemas e os estendendo ainda mais depois que viu o futuro em que Iris possivelmente pode morrer. Tudo o que faz é jogar a culpa ou brigar com os outros e, além de tudo, leva a culpa para si próprio. O Flash da primeira e da segunda temporada era mais leve, levava a culpa para si mesmo, mas era um poço de esperança e acreditava com todas suas forças que um dia o futuro seria melhor. Mas este Barry de hoje é depressivo, realista e tem momentos pontuais de esperança, não se parecendo nada com o cara dos primeiros dois anos. Ao invés de o personagem evoluir, parece que ele anda para trás.
Caitlin é mais um problema que vejo nesta temporada. Até o episódio Killer Frost a personagem foi aparecendo e crescendo mais, mas depois estagnou e não mais se explora o seu alter ego maligno e a garota só “chora” do que pode acontecer com isso. E mais uma vez o romance para a personagem sendo empurrado goela a baixo de todo público. Cada temporada é um romance diferente. Não, não é problema algum que a mesma tenha um par romântico por temporada (ela poderia até ter um por episódio), o problema é que esse se torna o foco da personagem e nada mais que isso. Confesso que gosto muito das interações entre Caitlin e Julian, mas poderia ser mais. Aliás, Barry e Caitlin são personagens com tremendo potencial de seguirem histórias e desenvolvimentos de si mesmos muito mais que os que nos têm dado, mas não dá para entender a cabeça dos roteiristas em relação a isso.
Já por outro lado, apesar de quase todo mundo não gostar, Wally vem se tornando um dos meus personagens favoritos da série. Apesar de no começo desta temporada ele apenas ser irritante e chato para conseguir seu lugar como velocista, é nítido a crescente do personagem. Ele consegue ser mais divertido, mais espontâneo quando não tem um Barry para trazer o menino para baixo. Keiynan Lonsdale, pela primeira vez, se mostrou um bom ator que pode nos levar mais para o drama quando o personagem exigir isso. Espero que depois que toda essa trama de Savitar passe, consigam explorar mais o personagem a ser mais engraçado, como na animação Justiça Jovem.
Entretanto, no episódio que só serviu de enrolação para os minutos finais, tudo foi bem arrastado, tudo muito dramático (até demais) para o momento em que Wally, desesperado depois de ter visto sua irmã ser morta no futuro, fizesse o que fez. A cena em que ele é sugado pela força de aceleração foi completamente desesperadora e o Barry ficou lá só observando. Não entendi a preguiça ou a falta de noção dos roteiristas de não terem feito o Velocista Escarlate pelo menos tentar pegar na mão do cunhado e tentar puxá-lo, mesmo que fosse sem sucesso. Aquilo não é o Barry, não é.
Savitar se libertou e pela primeira vez em algum tempo o Flash ficou interessado em saber a identidade dele NO MEIO DA LUTA. Sinceramente, aquilo faria diferença pra quê? Isso só foi um ponto que incluíram para nos lembrar que algo ainda será revelado sobre o Deus da Velocidade, e espero que não decepcione.
Agora com Savitar solto e com Barry querendo ir para a força de aceleração salvar Wally, fico intrigado em saber como vão colocar um episódio musical no meio de tudo isso (já que será daqui a duas semanas). Não é que eu não esteja bem ansioso para ver Grant Gustin e Melissa Benoist juntos mais uma vez e agora cantando, mas colocar isso vai novamente enrolar a temporada e quebrar no meio um ritmo que poderia ser acelerado daqui para o final.
Com a sua primeira realização da profecia de que “um irá sofrer um destino pior que a morte” e nos deixando agora intrigados em saber quem irá trair e quem cairá, The Flash faz um episódio que só se salva por seus dez minutos finais pela décima quinta vez nesta temporada.