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Jukebox | A grandiosidade de David Gilmour: Live at Pompeii

Imagine juntar uma das lendas do rock com um dos monumentos mais emblemáticos da história italiana? Foi isso que aconteceu no show que David Gilmour fez em Live at Pompeii, seu grandioso concerto. Aliás, chamar o que Gilmour fez no anfiteatro italiano de show é pouco. Se o que guitarrista fez na arena tivesse sido feito em qualquer outro lugar, o concerto não faria jus a nada. O “casamento” foi perfeito porque só um lugar tão poderoso quanto a Pompeia conseguiria segurar a bronca do show do vocalista.

Muita luz no palco e fora dele, fogos, vários instrumentistas maravilhosos, backing vocals e uma vibe soul nas músicas psicodélicas do Pink Floyd formam o show que, do começo ao fim, é de tirar o fôlego. Sem falar no telão do palco que representava uma lua, algo significativo para os fãs de Gilmour e da banda. E falando no britânico, ele estava tão à vontade com o que apresentava ao seu público que muitas vezes não precisava nem cantar, só usava sua guitarra, algo que o veterano faz como ninguém.

E falando em coisas cheias de significância, era a segunda vez que o anfiteatro italiano recebia um show com o repertório da banda e de David desde 1971. O retorno do guitarrista ao palco era quase palpável e dava para notar a felicidade de Gilmour em ministrar toda sua grandiosidade com os amigos do palco e o público que lá estava, que vibrou com canções como “The Great Gig in the Sky“, raramente tocada em seus shows e presente no álbum “The Dark Side of the Moon” – talvez tenha sido a maior canção da noite, mostrando que sua sensibilidade jamais passará despercebida, mesmo em 2017.

Sucessos mais recentes do britânico não ficaram de fora, como no caso de “Rattle That Lock“, outro casamento perfeito entre a psicodelia do show e a energia de David, seus companheiros de Palco e a Pompeia em si, chegando a ser o momento mais descontraído entre todos esses elementos que deram vida e alma ao anfiteatro.

Obviamente todos os sucessos do Pink Floyd foram cantados. “Time” e “Comfortably Numb” tiverem seus momentos nos quais a letra de ambas as canções deixou tudo mais intimista, mas não menos grandioso. E, a bem da verdade, se só tivéssemos Gilmour no palco relaxando na sua guitarra e abrindo mão de cantar de tanta felicidade, já teríamos um maravilhoso concerto – mas o anfiteatro e o guitarrista mereciam mais, muito mais. Isso é percebido conforme o telão, em seu eterno formato de lua, vai mostrando cenas antigas de clipes mais antigos ainda. Não existe nada melhor do que se reinventar com tanto simbolismo e simplicidade ao mesmo tempo. David Gilmour e a Pompeia sabem disso.

Para quem não gosta de um bom show pode parecer pomposa e pedante toda a explosão de cores, fumaça e lasers coloridos, além de um solo de dois minutos no saxofone do brasileiro João Mello. Mas para quem quer viver uma experiência única, nem que seja pela tela do cinema, vale muito a pena conferir o sucesso do grandioso Gilmour.

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