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Lucifer | 3×24 – A Devil of My Word

Apesar de toda a revolta por conta do cancelamento da série, sobre o qual falarei no final da review, estou bastante triste de escrever este último texto sobre Lucifer. Uma série que não tinha nada para conquistar fã algum, afinal quem é que liga para as adaptações da Vertigo hoje em dia sem ser o pessoal da Warner Bros., da DC e da própria linha adulta dos quadrinhos? Infelizmente, nós, os fãs.

Lucifer teve uma terceira temporada boa, não foi excelente, mas os roteiristas conseguiram manter a linha firme de apresentar algo digno dos personagens que já nos faziam rir e emocionar ao longo dos anos anteriores. E, claro, com a família crescendo bem desse jeito, só uma coisa poderia ser esperada: a esperança de uma renovação. Logo após a última cena, não tinha como não dar continuidade à história. Mas a FOX foi lá e disse que isso não era suficiente, algo válido também para outras séries de sua grade.

Dito isso, vamos ao episódio final do nosso diabinho querido. Até pois se algum canal conseguir salvar (e queira o Lucifer que não seja o serviço de streaming da DC), vamos saber o que aconteceu com Chloe e Lucy após a armadilha montada por Caim ao longo deste episódio. Caim matou Charlotte e Amenadiel foi o encarregado de levar a alma da advogada ao céu. Até aqui, Decker e seu parceiro têm apenas uma missão: encontrar o assassino.

Ella não encontra evidências suficientes para encaminhar os colegas a nenhum caminho, então é um Daniel de luto que encontra as provas nas pastas da ex-namorada de que Marcus é o Pecador. Ao levar à Chloe, é Morningstar que confirma a história alegando que não comentou nada antes, pois ela jamais acreditaria nele sem provas. Mas é só ao ver o ex-noivo fingindo sentimentalismo em frente a todos os policiais que Decker acredita na teoria. Logo, os três se juntam para tentar provar que Caim é o culpado pela morte de Charlotte.

A premissa rendeu a Dan ver pela primeira vez a química de trabalho entre o mais novo casal, já que agora Chloe decidiu ouvir o que Lucifer tem a dizer. Mas a pausa no romance foi precisa para resolver o caso, até as artimanhas usadas por Pierce foram dribladas lindamente pelo trio e mais tarde por Ella também – esta que ficou com carinha de cachorro abandonado ao perceber que o seu grande herói é, na verdade, o vilão de toda a história.

No final, Caim ainda prende Lucifer e Chloe numa armadilha para tentar livrar-se de uma vez por todas. Eu não acredito que ele a ame, mesmo quando ele tenta provar que sim. Talvez seja como o Lucy disse durante uma conversa entre os dois: ele pode acreditar que ama a humana e talvez seja isso que o faça merecedor de não possuir mais a sua marca. Dito e feito, assim como a teoria de filho favorito do Amenadiel. Ao perceber que é bom o suficiente, Lucifer entra em ação e protege Chloe com suas asas – nada mais lindo, diga-se de passagem. E ao tirá-la do perigo, ele volta à sua natureza de castigador dos que merecem. Volta a ter sua face demoníaca. E é com isso, meninos e meninas, que o episódio/series finale termina. Chloe finalmente acredita em tudo.

Amém! Mas ao perceber que está no topo de um prédio, já tinha dado para ela sacar que a única lógica seria esta: um anjo a levou até ali. E é o mesmo anjo que a assustou no final do episódio. Discordando assim da teoria de Morningstar que era de que a detetive só acreditaria em tudo se visse sua cara demoníaca, assim como ocorreu com Linda. Ainda aconteceu algo maravilhoso neste episódio que foi a Maze escapar, acabar com todos os capangas de Caim e finalmente fazer as pazes com a Linda. Acredito que a humana seja a redenção da demônio, ainda não sei se shippo como casal, mas Deus tinha um plano ali para as duas, sim.

Mesmo com todo o drama envolvendo o Amenadiel, foi bacana de ver. O futuro de Lucifer está nas mãos de Deus: se teremos um retorno da série ou não, ainda não sabemos. Mas que foi um ótimo finale, isso foi! E, por ora, encerramos por aqui… Que Lucifer os protejam, crianças!