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Animaction | Jovens Titãs: O Contrato de Judas

O Contrato de Judas é baseado na HQ de mesmo nome e o filme animado é sequencial aos acontecimentos de Liga da Justiça vs. Jovens Titãs (uma prova disso é o comentário que Starfire faz sobre o pai da Raven). A animação começa cinco anos atrás, quando Starfire chega ao nosso planeta perseguida por capangas de sua irmã, que agora governa o planeta delas e quer a morte da mesma. Logo, os Titãs a ajudam e oferecem abrigo à visitante. Atualmente, Starfire consolida seu romance com Dick Grayson (ex-Robin e atual Asa Noturna) e agora ela é a líder dos Jovens.

Contudo, o plot principal do filme é a história de Terra, que tem poderes de controlar o solo – algo que me lembrou bastante o cartoon Avatar e sua dobra do elemento Terra. Aqui, a personagem é apresentada primeiro como integrante atual da equipe comandada por Starfire, mas com um, porém muito grande, valor de suas origens e o fato de que ela é, na verdade, aliada ao nosso já conhecido Deathstroke.

Terra e Deathstroke, porém, estão trabalhando com Brother Blood, um vilão que rouba a vitalidade de seus inimigos e pretende usar uma máquina para fazer o mesmo com os Jovens Titãs, podendo assim controlar o mundo. Este plot, que deveria ser o principal da animação, é realmente deixado de lado para dar espaço a todo o transtorno que a personagem Terra passa devido ao seu passado conturbado e a falta de controle sobre seus poderes, muitas vezes assustando até os Titãs.

Acredito que todo o emocional da personagem é demonstrado no filme para realmente vermos que passar pela puberdade e ter que ser um herói com poderes não é lá muito legal. Terra ainda traz a carga de uma pessoa que se isolou tanto do mundo que não sabe mais julgar caráteres, algo que ela não enxerga em Deathstroke, aqui a figura paterna da garota – mesmo que ela o veja como mais que isso, sonhando assim ter um romance com ele.

A animação é bem feita, mesmo com a confusão de ter tantos plots envolvidos em tão pouco tempo. O que realmente pode incomodar é o fator romance, que por muitas vezes chega a ser exagerado, como vemos com Asa Noturna e Starfire. Mas ao contrário desses dois, isso é algo bem explorado com os vilões. Já os pontos positivos são Damian trazendo mais uma vez o ser detetive por estar sempre desconfiado de tudo e todos, Blue Beetle ganhando mais espaço nas tramas para conhecermos melhor o personagem e saber que agora Raven já consegue controlar melhor seus poderes explorados no filme anterior.

Para quem é fã, dá para curtir bastante e ainda matar um pouco a saudade até sair outro longa dos Jovens Titãs. E também aguardar a série animada voltar. Até a próxima, pessoal!