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Nerd de Pijama | Numa galáxia muito, muito distante…

Como não amar Star Wars? Não existe resposta para esta pergunta, já que com toda sinceridade do mundo o universo criado pelo senhor Lucas é simplesmente magnífico! De criancinhas a adultos com mais de 50 anos, a saga é aquele amor que passa e vai passar sempre de geração a geração. E pelo que sabemos, na data de hoje até os próximos anos, filmes, brinquedos, livros, almofadas, tudo que você possa imaginar no universo nerd foi produzido para Star Wars. Absolutamente tudo. E eu não poderia encerrar o ano de 2017 sem comentar o tão aguardado retorno da nova trilogia de filmes, uma vez que sou uma grande padawan da saga.

Por muitas vezes maratonamos os filmes sempre na ordem correta: 4,5,6, 1, 2, 3. Mas, nesta última, eu decidi pegar a ordem cronológica dentro do universo para ampliar um pouco meu campo de visão sobre certos acontecimentos. Comecei a ler os livros e, como podem imaginar, estou devorando-os. Comecei também as animações Rebels e Guerras Clônicas, que ainda estou na metade. Tudo isso soaria exagero a quem não tem amor à saga ou até mesmo não liga para o universo nerd, mas graças a Yoda não é o meu caso e estamos aqui em pleno final de 2017 ainda sem ver Os Últimos Jedi (por questões financeiras e de tempo também) e maratonando ainda os filmes antes de voltar às páginas da Trilogia Thrawn.

Lucas não sabia se iria fazer um segundo filme após Uma Nova Esperança, mas ainda bem que ele ouviu a Força e o realizou, tal como outros depois, expandindo assim seu universo criativo. Mas se pararmos para perceber, a marca/o nome/a saga virou algo tão gigantesco que os buracos precisam ser preenchidos de alguma forma. As outras histórias entre um filme e outro precisam chegar ao conhecimento do público. Quem não chorou com Rogue One? Quem não gritou ao descobrir que mesmo após O Despertar da Força teremos um filme do Han Solo? É simplesmente impossível não vibrar com algo que nossos pais cresceram amando e, em alguns casos, nos ensinaram a amar também. Talvez seja como a paixão pelo time de futebol ou até mesmo maior. Seria o sangue nerd como a presença da Força?

Star Wars também une as pessoas, mesmo que recentemente tenha separado opiniões de fãs xiitas sobre o último filme. Pensem comigo: como uma história de guerra pode tocar as pessoas tão profundamente ao ponto de vermos e revermos certas mortes, certas cenas de destruição (algumas são até bonitas se vistas do espaço) e, claro, a fé e a esperança que guia todo um universo? É estranho, se pararmos para analisar de outro ponto de vista, como o fato de que tudo começou porque lá no Episódio I, Obi-Wan e seu mestre Qui-Gon Jinn foram recebidos com medo e receio por dois políticos. Se tudo tivesse ocorrido bem, o Darth Sidious iria ter que encontrar outro jeito de começar os seus trabalhos para instalar seu império do medo e caos que conhecemos hoje como a Primeira Ordem. E, talvez, Kenobi não tivesse cruzado o caminho com Padmé e mais tarde com Skywalker… Ou a Força daria um jeito das coisas acontecerem? O que acham?

A política de Star Wars é bem parecida com a do Brasil de hoje, mas já reparam também que o Palpatine parece com o “senhor presidente” nosso? Muitos memes feitos comparando-o com o Voldemort, mas no fundo sabemos que somos governados por um Lorde Sith. E eu amo ver as intrigas políticas da saga de Lucas simplesmente pelo fato de como isso afeta o lado místico criado pelo mesmo. “Rebeliões começam com esperança“. ESPERANÇA. Não tem uma palavra tão forte neste universo quanto esta, nem mesmo Yoda, Vader ou Jedi. Esperança de dias melhores, de dias de paz, sem opressão e com justiça. Tudo que move os personagens da saga é isso, este sentimento que, se plantado de forma correta dentro de corações justos, cresce e torna-se algo do tamanho da Aliança Rebelde.

De tantas lições dentro do universo – inclusive de fé –, de tantas falas marcantes de todos os personagens – até mesmo do R2-D2 –, não tem como separar uma coisa da outra e sair destrinchando. Tudo está ligado e tudo faz sentido no contexto geral, até mesmo a forma como o BB-8 move sua cabeça faz mais sentido do que o calor do verão brasileiro. Claro que nem tudo pode ser entregue de bandeja e é por isso que cada vez mais e mais temos novas formas de lidar com as perdas, com tudo que é a Força e com os acontecimentos da vida, como escapar do seu trabalho, libertar um prisioneiro e ir parar num deserto enorme sem saber o que te levou a tais atos… E ainda por cima esbarrar numa mina meio doidinha que está fugindo dos mesmos caras que você.

É com muita dorzinha que digo que não posso ainda comentar com vocês sobre Os Últimos Jedi, porém estamos aqui para explorar toda estrela e asteroide do universo de Lucas. Que vocês tenham um Natal maravilhoso, um Ano Novo melhor ainda e que sigamos em hiperespaço por essa jornada. Lembrando sempre de seguir nossos instintos e ouvir os conselhos dos mestres que encontramos no meio do caminho. E que a Força esteja com vocês!