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Crítica | Death Note: Iluminando um Novo Mundo

Death Note: Iluminando um Novo Mundo, quarto filme da famosa franquia japonesa, chega com exclusividade aos cinemas brasileiros pela rede Cinemark e apresenta mais um capítulo do ilustre mangá produzido por Tsugumi Ohba e Takeshi Obata.

Para quem não conhece, Death Note é uma espécie de livro sobrenatural enviado para a Terra, cujo poder concede a quem encontrá-lo o direito de matar pessoas pelo simples fato de escrever o nome nas páginas do caderno. O filme, que se passa em 2016, dez anos após os acontecimentos do terceiro, retrata a descoberta de seis livros da morte distribuídos em diferentes partes do mundo, expondo ser este o principal motivo por trás de uma onda de ataques terroristas. Sendo assim, com o objetivo de reunir e armazenar os Death Notes em um local seguro, dois investigadores iniciam uma jornada frenética na tentativa de identificar e parar o possível sucessor de Kira, antigo justiceiro conhecido por condenar criminosos, que pretende juntar todos os livros no intuito de purificar o planeta, eliminando no caminho aqueles que comprometem o início de uma era mantida pela paz suprema.

Partindo desta premissa, o filme nos mostra o poder de destruição que apenas um Death Note pode oferecer ao deixar uma trilha de corpos durante uma perseguição pelas ruas de Tóquio. Mesmo com todas as adaptações, a história permanece fiel ao mangá original, mostrando ser construída de forma compreensiva ao introduzir e entregar de maneira evolutiva o papel dos personagens principais, responsáveis por marcar a chegada de uma nova geração da franquia. Assim, o enredo consegue se mostrar simples e explícito para aqueles que não se lembram ou não tiveram a oportunidade de acompanhar os filmes anteriores da saga, fazendo com que o espectador se envolva cada vez mais com uma a trama que entrega respostas para alguns dos pontos principais, como: qual é o sentido dos livros? Dos deuses da morte? Quais são os motivos que instigam os investigadores e os seguidores dessa ideologia? Até que ponto essas pessoas vão? Entre muitos outros.

A princípio, talvez o único problema encontrado durante a execução da narrativa seja o emaranhado de reviravoltas presentes no roteiro que se inicia com a introdução final do filme. Tudo indica que as 2h25m não foram suficientes para desatar todos os nós formados desde o início. A trama erra feio ao tentar explicar todos os estímulos de forma descontrolada, gerando certa confusão para aqueles que não assimilam todos os rompantes de uma única vez, mas, por outro lado, entrega um fim inesperado e impactante para a grande maioria.

Death Note: Iluminando um Novo Mundo cumpre com o propósito de capitular uma boa narrativa, combinando ficção, suspense e algo parecido com um conveniente thriller policial com uma qualificada equipe de investigação especial, manifestando a existência de personagens concludentes. Sem dúvida alguma, este novo capítulo da saga mostra que pode funcionar mesmo sem a presença dos personagens originais, Light e L (antigos justiceiro-detetive), realçando um intrigante futuro para uma história que carrega consigo uma legião de fãs pelo mundo.