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Arrow | 6×05 – Deathstroke Returns

Existe um fato simples e inegável quando se trata de Arrow: toda vez que o Slade aparece e tem um tempo de tela considerável, o episódio é bom. Deathstroke Returns apresentou várias das qualidades da série e usou bem a maioria dos personagens, um saldo positivo mesmo levando em conta que nem tudo foi perfeito.

O único problema do episódio foram alguns dos diálogos apresentados. Não é a primeira vez que as conversas em Arrow parecem uma coleção de clichês e frases de efeito sem personalidade. É verdade que isso já aconteceu de modo mais marcante do que aquilo que vimos aqui, mas o fato de que essa característica negativa persiste é bem desagradável, especialmente se o público dessa série assiste Legends of Tomorrow ou Supergirl, que no geral possuem diálogos de qualidade superior. Está na hora de melhorar isso.

Mas de resto, ainda bem, tudo deu certo. O episódio conseguiu prender a atenção e apresentou situações interessantes e inusitadas. O fato de que o Vigilante é, na verdade, o antigo parceiro da Dinah que todos achavam estar morto, foi uma ótima surpresa. Não que o Vigilante em si seja um grande personagem que mereça mais destaque, mas sim porque isso dá a chance de colocar a nova Canário Negro no foco, o que é muito necessário levando em conta o tanto que a personagem foi apagada na temporada passada.

A história do filho do Slade, por outro lado, foi mais interessante no aspecto narrativo. As reviravoltas foram maiores, e por mais que a grande revelação do final não seja tão surpreendente, ela com certeza é promissora. Além disso, é sempre legal poder explorar melhor o passado dos bons personagens, e ter a chance de observar a história do Deathstroke antes da ilha foi interessante. É uma ótima forma de humanizar o personagem, ao mesmo tempo em que foi deixado claro que ele não é, de forma alguma, um herói. Slade pode não ser mais um inimigo para o Oliver, mas ele também não é uma boa pessoa, e essa dualidade o torna ainda mais interessante.

E falando nele, é impossível não citar o melhor momento do episódio: a sequência de ação invadindo o local onde Slade achava que seu filho estava preso foi fantástica. Foi uma das cenas mais violentas da série e a coreografia de luta foi bem acima da média recente de Arrow. Foi um combate digno do melhor vilão que o programa já teve, uma vez que conseguiu mostrar sua habilidade e seu modo agressivo de combate de forma digna. O ator, seu dublê e todos os responsáveis por montar esse combate estão de parabéns.

Deathstroke Returns é o tipo de episódio que os fãs gostam, seja pela qualidade geral ou simplesmente pelas boas cenas de ação. É uma pena que os diálogos tenham sido fracos justo neste que foi o melhor da temporada até o momento, mas nada é perfeito.