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Nerd de Pijama | The L Word

Faz um tempo que o conceito de menina nerd passou pelo setor de que se ela gosta de jogar video game, isso significava que ela não curtia garotos. E graças aos deuses isso foi desmitificado, inclusive pelos meninos, que tiveram que aprender não só a respeitar as garotas nerds como a entender um pouco mais sobre The L Word. Como diria Wallace Wells em Scott Pilgrim Contra o Mundo, temos que quebrar isso… E nada melhor do que um lindo post para explicar que mesmo que você esteja “in lesbians” por alguém (seja do mesmo sexo ou não) e esta pessoa ame ver mil séries e filmes, estereótipos ainda são o problema enorme no mundo.

A série do Showtime de mesmo nome deste post traz a icônica personagem de Kate Moennig para nos provar que nem toda lésbica é nerd e vice-versa. Alice, vivida por Leisha Hailey na série, é talvez o mais próximo que temos do grupo do que seria uma nerd, e ainda sim deixa a desejar. No entanto, nada impede você, nerd, de gostar de games e quadrinhos tanto quanto gosta de garotas, afinal, ser feliz é o que importa – mesmo se não conseguir passar de certos recordes do game.

Scott Pilgrim, assim como muitos garotos, se assusta ao descobrir que seu atual interesse romântico tem uma ex-namorada. E o susto de alguns nerds e não-nerds também em relação ao assunto ainda me espanta em pleno 2017.2. No caso do mundo geek, se você é mente aberta o suficiente para decorar todos os nomes dos personagens de Game of Thrones e acertar as magias do mundo mágico de Harry Potter, bem como criar várias teorias do nada, qual o problema se a sua melhor amiga nerd namora outra garota? É aquele velho problema chamado preconceito que existe no mundo, como o certo autoritarismo de que “se ela gosta das mesmas coisas que eu, também tem que gostar de mim”.

E também tem um outro preconceito que se revela exatamente o contrário: meninos que não gostam de dividir seus gostos com suas namoradas/ficantes. Sim, eu já passei por isso e não é nada legal você querer ensinar seu namorado a zerar um jogo e o ouvir pagando de macho alfa que sabe de tudo da vida. Ou até mesmo amigos que te excluem de uma partida simplesmente por você ser a única menina que eles conhecem que gosta e sabe jogar. Mais alguém tem uma barra dessas para comentar ou só eu sofri esse bullying machista na minha pequena e curta vida nerd?

Segundo a nossa Hermione, ou como amamos intitular a Emma Watson, os tempos estão mudando e temos que criar uma sociedade melhor para saber que, seja qual for seu sexo, você tem os mesmos direitos que os outros. Espero realmente que os tempos mudem e que ela tenha razão quanto a isso, já que não vou gostar muito de viver num mundo que as futuras garotas nerds ainda terão que ouvir tanto marmanjo falando besteiras por aí.

E claro, não poderia terminar este post sem desejar que mais meninas nerds ocupem a sociedade. Nós temos que tirar certos fetiches preconceituosos das mentes masculinas ainda e pedir mais blusinhas com estampas legais nos setores femininos das lojas. Estas que, apesar de estarem em transição para tal, ainda falham muitas vezes conosco por deixarem as coleções antigas demais e à venda por um curto período de tempo. Vamos nos unir, meninas, e tomar o que é nosso por direito! Inclusive aceitar algumas crushes no meio do caminho que talvez não entendam nosso amor por certo universo.