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Suburra | Netflix mistura máfia, igreja e poder político em sua nova série

Suburra não é exatamente um material novo na Netflix, tendo em vista que em 2015 foi lançado um filme com o mesmo nome para a plataforma. Mas como a produção passou despercebida, a aposta está na nova série e primeira produção italiana no serviço de streaming. Na mesma pegada de Narcos, no sentido de mostrar tudo ao mesmo tempo em seus primeiros episódios e botar para ferver com cenas de drogas, sexo e abuso de dinheiro em poder, somos apresentados à paisagem de Roma, na Itália, que é uma das coisas mais bonitas da série, e muitos (muitos mesmo) personagens que podem vir a ser essenciais, mas que deixaram o primeiro capítulo longo (assista descansado, sério!) e cheio de informações.

Porém, mesmo com tanta informação, o seriado já mostra a que veio com uma cena de um padre fazendo uma orgia e que logo depois descobrimos ser do alto escalão do Vaticano. E todos os personagens, que não dá tempo de gravar o nome no começo da série, são suspeitos de tudo, mas a gente tem que gravar o nome desses três caras: Aureliano, Gabriele e Alberto. Tudo porque, ao longo da produção, eles têm que se juntar por vários motivos, todos eles ilegais, claro.

Rolam alguns esteriótipos na primeira hora, como as pessoas falando e gesticulando com a mão e aquele drama de máfia com família que era gostoso de ver em The Sopranos, por exemplo. Além dos personagens ditos como principais envolvidos com máfias e drogas citados acima, dá para ficar de olho no padre que faz orgias e é um figurão do Vaticano, pois parece ser uma boa crítica da Netflix. Mas até o segundo episódio continua tudo muito cansativo. Os escritores da série provavelmente só souberam aproveitar a segunda metade da primeira temporada, algo comum na Netflix que já se mostrou um erro gigantesco.

No meio desse tudo e nada ao mesmo tempo no começo da temporada, há ainda um personagem que pode intrigar o espectador: ele se chama Samurai e é uma espécie de Mindinho de Game of Thrones para o núcleo da trama. Só aparece para atazanar a italianada envolvida nos escândalos e tem poder sobre todo mundo.

Vale lembrar que, apesar do visual bonito e de temas que chamam a atenção do público, a produção italiana está longe de ser aquele tipo de série da Netflix que todo mundo comenta por meses. E para o azar de Suburra, a estreia se deu em época de Fall Season, então pode ser que não fique muito sob os holofotes, apesar de ser bem produzida. O roteiro é um pouco diferente e os costumes italianos também, então quem não quiser dormir durante uma viagem longa de ônibus ou de metrô, vale a pena dar uma conferida. Mas continue com o seu plano de colocar suas séries que estão retornando em dia, pois se deixar essa para depois, você não estará perdendo nenhum hype.

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