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Dynasty | O novelão que a gente gosta

Depois de uma leva de séries de heróis, o canal The CW finalmente voltou a investir em seus dramas para o público jovem. Primeiro com Riverdale, no começo de 2017, e agora com o seu mais novo novelão, Dynasty, que é baseada na série de mesmo nome exibida entre 1981 e 1989. A trama acompanha duas famílias ricas dos Estados Unidos, os Carringtons e os Colbys, e gira em torno de duas mulheres: Fallon Carrington (Elizabeth Gillies), filha do bilionário Blake Carrington (Grant Show), e sua futura madrasta, Cristal (Nathalie Kelley), uma mulher hispânica que pretende entrar na família e possui um passado desconhecido.

Nada melhor do que começar uma série com a maior trama de todas: os problemas de gente rica. Tudo que engloba o início não poderia ser mais fútil e superficial. Fallon é a filha rica e bem estudada, e tem um alto cargo na empresa do seu pai. Ela pretende comandar tudo, mas passa pela barra de ter que provar quem é ao patriarca da família. Steven (James Mackay) é o filho que, depois de se assumir, saiu de casa. Com o dinheiro da família, ele faz suas causas a favor do meio ambiente. Já Blake, o pai, decide se casar com a sua recente noiva de um dia para o outro, só porque ele pode. E, claro, temos ainda Cristal, a intrusa nesta família nada normal.

O que mais se destaca nesses quarenta minutos do episódio piloto é a briga entre Fallon e Cristal o tempo todo. Isso gera muito veneno gratuito de uma para a outra e o arranca-rabo é certo quando as coisas saem de controle. Não se pode deixar Fallon de fora comendo o enfeite do bolo de casamento na frente de Cristal. O que mais essas duas têm a nos proporcionar, só o tempo dirá… E é disso que a gente gosta.

Dynasty lembra uma vibe meio Gossip Girl, só que um pouco menos adolescente, somada ao finado reboot de Melrose Place. É tudo muito elevado no drama, até nas partes de comédia e nas viradas que a produção nos mostra. Este excesso de drama, além da narração, nos faz lembrar ainda de Revenge (quando ainda era boa) e de que nada vai acontecer conforme o esperado.

Até alguns mistérios já nos são apresentados no piloto, como o passado não revelado de Cristal e o que a mulher de Matthew tem e por qual motivo ela ficou assim. Há diversas situações e textos mal feitos, porém, para este tipo de produção, faz total sentido e o telespectador acaba se importando até demais com a história. Todos os atores também elevam suas atuações a um nível maior do que o necessário numa série de drama normal. Parece que a ideia deles é fazer desse jeito para serem lembrados e causar um impacto de acordo com as suas propostas.

Dynasty é para aqueles que curtem um drama exagerado e totalmente fora da curva. É uma série que nos faz lembrar da CW de raiz, com diversas tramas tão ruins que, no final, se tornam excepcionalmente boas. Para quem não aprecia este tipo de seriado, não vai gostar nenhum pouco… Mas é um prato cheio de diversão e entretenimento para quem ama!