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Scandal | 7×18 – Over a Cliff (Series Finale)

Chegamos ao final dos finais e um ciclo se encerra – talvez não do jeito que a gente queria, já que esta temporada teve tantos altos e baixos que seu series finale não poderia ser diferente. Mas Scandal terminou e não veremos mais Olivia Pope, Mellie Grant e companhia, portanto vem comigo que dá para tirar leite de pedra e dar adeus a esses personagens tão ambíguos e queridos que, com a ajuda de Shonda, desgraçaram nossa cabeça por anos.

O series finale começa com Lonnie tendo uma conversa privada com Liv sobre tudo o que aconteceu e pedindo que Mellie libere a lei do controle de armas. Liv, obviamente, lembra a ele que no momento nada disso é prioridade – existe um processo em ação e eles precisam se livrar dele, de Cyrus e de Jake, mas Lonnie não aguenta o tranco e se suicida na frente de nossa anti-heroína.

Enquanto isso lá na QPA, os gladiadores de Olivia se reúnem para tentar ensaiar o que vão falar na frente da corte e está todo mundo sentindo o cheirinho da batata assando, já que geral está mais sujo do que pau de galinheiro, como Huck lembrou no episódio anterior. E Sally Langston está fazendo questão de falar tudo isso em rede nacional enquanto se deleita com a América pegando fogo – o que mostra que os escritores deveriam ter feito ela aparecer mais cedo nesta temporada.

Em um daqueles encontros que só acontecem entre os dois mesmo, Liv e Papa Pope lavam roupa suja. Enquanto a filha faz questão de lembrar ao pai que todo mundo está ferrado com a exposição da B613, ele demonstra mais uma vez estar chateado com o rumo que Liv tomou e relembra a ela que apesar de Olivia ser quem ela é, as pessoas ainda vão diminuí-la independente do poder.

Já dentro da Casa Branca, temos uma abatida Mellie, bebendo sua famosa bebida secreta e triste com a possibilidade de seu impeachment batendo às portas. Marcus mais uma vez relembra que ela é a presidente e os cidadãos norte-americanos vão se lembrar dela assim, e Mellie, de um jeito que só podia ser dela, confessa a Marcus que não queria outra pessoa ao seu lado neste momento. A ansiedade está tomando conta de Huck, Quinn, Abby, Liv e David no quartel dos gladiadores quando a realidade bate à porta e o julgamento começa – todo mundo é entrevistado, chamaram até o Hollis Doyle para a caça às bruxas.

Olivia se coloca na linha de frente e manda a real, assim como todos os outros personagens. Ninguém mente em nada e os jurados seguem chocados e descrentes enquanto David ajuda o pessoal dando apoio moral. Um de seus últimos favores é ajudar Quinn e Charlie (o sempre preso Charlie) a se casarem de verdade dessa vez, dentro da sala de espera, claro, porque Scandal é Scandal.

Mas enquanto está todo mundo querendo fazer o certo, Jake está à solta e doidinho para meter os pés pelas mãos. O ex-almirante ameaça David que, sendo o verdadeiro herói negligenciado da trama, como Shonda fez questão de falar em uma entrevista recente, enfrentou Ballard sem arma mesmo, chamando o cara de cachorrinho do Cyrus na cara dura. E não foi desta vez que vimos David pela última vez e, em relação a Jake, era óbvio que foi Cyrus que pediu a morte de Rose porque o vice golpista está desesperado. Os personagens se estranham mais uma vez e Jake não dá muito pano pra Cy, que infelizmente faz o trabalho sujo e como não tem mais nada a perder, assassina David com veneno – porque alguém tinha que morrer… E assim como na vida real, tinha que ser uma morte injusta.

Está todo mundo revoltado e sem chão quando a morte de Rose vem à tona e Olivia relembra a seus gladiadores que com David morto eles que devem ser os mocinhos agora e vestirem seus chapéus brancos. Abby está de coração totalmente partido, mas clama que não existe tempo para luto e vai continuar lutando enquanto Olivia, em um momento autodestrutivo, confessa a Fitz que não aguenta mais ser o problema. Liv acaba dizendo que apesar de consertar as coisas, o problema é sempre ela e aceita que está indo para a cadeia enquanto Olitz tem o “último” momento de liberdade.

Não tão surpreendente assim, mas ainda muito bom, Rowan decide ir ao juri e se apresentar como comando – aproveitando para humilhar os homens brancos que decidem a justiça dos Estados Unidos. Em mais um de seus monólogos outrora contagiantes, ele confessa tudo e zomba de todo mundo ao mesmo tempo enquanto a impressa divulga que a B613 existe mesmo e o nome de Jake vai para o buraco. Assim, nossos gladiadores respiram fundo aliviados quando recebem a notícia de que não vão mais para a cadeia, mas como Abby lembra muito bem, o verdadeiro mocinho está morto.

Olivia e Jake ainda encontram tempo de relembrarem bons momentos enquanto o almirante está atrás das grades e nossa heroína se mostra arrependida de o relacionamento entre os dois ter chegado onde chegou, mas nosso Jake Ballard vive! E está em paz com a decisão que foi tomada em relação a ele. Nada é justo e Shonda reforça essa ideia quando a única coisa que acontece com Cyrus após tanta crueldade é que o VP renuncia (chantageado por Olivia, é claro) seu posto e cai no esquecimento.

E Scandal chega ao seu fim enaltecendo Mellie como a presidente que fez as escolhas certas sozinha, já que ela e Olivia têm uma conversa franca e decidem que não vão trabalhar mais juntas. E enaltecendo também Liv e tudo o que ela representou durante esses sete anos. Não foi um final bombástico, não foi uma temporada bombástica, mas isso não muda o fato de que existe um divisor de águas na televisão antes de Olivia Pope e após ela.

O clipe final do episódio mostra nossos gladiadores, mocinhos e vilões, presidentes ou não, realizando alguns sonhos agora que está tudo limpo entre a república e seus governantes, com direito a um retrato de Olivia em um museu de Washington e tudo. E é isso, amantes da liberdade, assim damos adeus ao novelão de Shonda.

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