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Lista | As 10 melhores novas séries de 2017

O ano de 2017 chegou ao fim e, como de costume, nossa equipe se reuniu para votar nas melhores novas séries que chegaram até nós! Foi uma temporada proveitosa para qualquer amante de seriados, com ótimos dramas, ficções, alertas e histórias que nos alcançaram e causaram diversos tipos de sentimentos, além de acenderem discussões e debates (acalorados ou não) nas redes sociais. Saiba agora quais foram as dez séries que mais apareceram na lista dos votantes do LoGGado!


A busca pelo autoconhecimento, a vontade de encontrar uma namorada e a necessidade de sobreviver ao Ensino Médio com o mínimo possível de traumas são temas recorrentes de muitos filmes e séries. Um personagem principal inseguro, com poucos amigos, mas muito inteligente e que conta somente com o apoio de sua família, seria a cereja desse bolo de clichês, mas tenha certeza de que neste caso há algo totalmente diferente e especial.

Sam, maravilhosamente interpretado por Keir Gilchrist, é autista e, além de todos os dilemas que um jovem na sua idade tem, precisa superar as limitações de sua condição e compreender que não é todo mundo que acha o mundo gelado dos pinguins tão interessante assim. A vida desse jovem dá uma reviravolta quando decide que está na hora de encontrar uma namorada e, por conta disso, a vida de todos ao seu redor também é afetada.

Essa série é divertida e emocionante e ensina muito sobre respeitar as diferenças e a não desistir de seus sonhos, apesar de parecer impossível abandonar certo estilo de vida por outro. Além disso, chama atenção para o mundo de um jovem autista e nos mostra que sim, essas pessoas existem e precisam ser compreendidas e integradas na sociedade assim como qualquer outra. Atypical não é uma série grande, mas tem episódios o suficiente para fazer com que nos cativemos pelos personagens e fiquemos com vontade de saber o que acontecerá com eles a seguir. Por Luísa Ribeiro


Big Little Lies foi uma das grandes surpresas de 2017. De tantos assuntos polêmicos que a série trata, como bullying, pais superprotetores, relacionamentos abusivos, amizades leais e etc, eu passaria uma eternidade para descrever cada um dentro da produção, que tem um elenco lindo (seja mirim ou adulto) e um roteiro ótimo demais. E claro, uma das coisas que mais atrai é o mistério sobre o que aconteceu com Jane (Shailene Woodley), a forma como ela lida com as coisas depois e as marcas que traz disso.

É óbvio que estamos falando também aqui de mulheres com personalidades fortes e quase sempre vemos como as protagonistas impõem-se sobre as adversidades, como proteger seus filhos e lidar com maridos vezes apagados na série, vezes não. Big Little Lies é daquelas produções que você para pra ver e se deleita com uma obra de arte a cada cena. Inclusive, vale destacar ainda a fotografia de certas cenas que marcam a trajetória das personagens, pois são excelentes. Por Joana Pais


As principais séries de 2017 conseguiram elevar o conceito de protagonismo feminino a um nível nunca visto na história da TV americana. No entanto, The Handmaid’s Tale não foi somente mais uma das muitas séries incríveis do gênero, ela foi a mais importante de todas elas. Atualizando a obra consagrada de Margaret Atwood num nível quase documental, afinal não estamos muito longe do que aconteceu com os EUA pré-Gilead, o show de Bruce Miller mostrou o que nenhum de nós gostamos de admitir: a verdade é que já estamos vivendo numa cruel distopia.

Na trama, o planeta enfrenta uma crise econômica acentuada pelo fato de que a humanidade está se tornando estéril. Os EUA então é destruído por uma guerra atômica, transformando-se numa ditadura teocrática chamada República de Gilead, na qual comandantes escravizam as mulheres férteis – as aias (handmaid’s) do título – subjugando todo o resto do estado num sistema ditatorial assustador. No meio desse caos acompanhamos a história de June/Offred, uma das aias que se encontra em meio a uma conspiração que pretende destruir Gilead.

Com direção, fotografia e atuações irrepreensíveis – não à toa a série levou Emmy em quase todas as categorias em que concorreu, principalmente as atrizes Elisabeth Moss, Ann Dowd e Alexis Bledel –, The Handmaid’s Tale chocou, nos emocionou e principalmente nos fez pensar sobre o que estamos fazendo para mudar os sombrios rumos do nosso próprio país. Um drama para eras, meus caros. Por José Guilherme


Meio-termo não é o forte de 13 Reasons Why. Seja entre os que adoraram como entretenimento, foram impactados em cheio, levados a refletir, repensar e conversar sobre assuntos tabu, ou entre os que enxergaram na série gatilhos, tutoriais de atos contra a vida e provocações perigosas, é fato que ninguém passou pela experiência de assistir a produção teen da Netflix inabalado, com a sensação de “assisti qualquer coisa e daqui a pouco esqueço”.

Sem entrar no mérito do quão cuidadosa ou irresponsável a série foi na forma de tratar temas como suicídio, estupro, bullying e uso de drogas entre adolescentes, uma coisa é certa: as pessoas PRECISAVAM falar sobre isso e, até então, poucas eram as obras com grande público a enveredar por esse lado com a coragem para cutucar as feridas. Não sou inocente a ponto de pensar que a saga de Hannah Baker e os algozes/vítimas de suas fitas resolverão todos os problemas na forma que seu público vai tratar as pessoas daqui pra frente, mas certamente é um primeiro passo para existir reflexão onde antes só existia uma cultura de ignorar esses problemas e jogar certas histórias para baixo do tapete.

Para a segunda temporada, que muitos julgam não ser necessária (eu me incluo), as expectativas são altas, para o lado positivo ou negativo. Teremos um aprofundamento maior nesses temas da primeira? Outros temas que vão polarizar ainda mais as discussões? Comemoraremos os efeitos imediatos, como o aumento de ligações buscando ajuda em instituições? Nos preocuparemos com os possíveis casos “motivados” por identificação com os personagens e as cenas? Uma coisa é certa: ainda falaremos muito de 13 Reasons Why, pelo simples fato de que não é uma série meio-termo. Por Leonardo Oliveira


Feud é mais uma antologia de Ryan Murphy que nos traz histórias diferentes em cada temporada. Como o nome sugere, a série sempre apresentará ao público alguma briga épica do mundo midiático, e nessa temporada foi retratado o lendário confronto entre Bette Davis e Joan Crawford no set de What Ever Happened to Baby Jane?.

Como telespectador, e se tratando de Ryan Murphy, existe sempre um receio de que mesmo com um grande plot e um magnífico elenco, a série consiga ser mediana ou até mesmo ruim, mas não foi o caso da primeira temporada de Feud. O show não decepciona do início ao fim, tanto esteticamente quanto no roteiro e nas atuações de Jessica Lange (Joan Crawford), Susan Sarandon (Bette Davis) e Jackie Hoffman (Mamacita), que entregam performances de emocionar.

Vale a pena conferir os oito episódios desta criação de Ryan Murphy e já ficar esperando a próxima temporada, que poderá ser inspirada na história do conturbado relacionamento da Princesa Diana com o Príncipe Charles. Por Leandro Alvarenga


Dear White People (Cara Gente Branca, no Brasil) foi sem dúvidas uma das séries mais importantes de 2017, não apenas pela sua estrutura narrativa e agilidade/eficiência na evolução das histórias de seus personagens, mas, principalmente, por toda problemática que ela traz à tona de forma direta, ácida e muito bem-humorada.

Um dos fatores que tornaram a série tão relevante foi a notória preocupação em demonstrar a relação desequilibrada entre aqueles que têm poder e aqueles que não têm – e, mais importante ainda que isso, entre aqueles que têm poder, mas não percebem ou reconhecem que o tem, e acabam utilizando esse poder para o bem ou o mal sem perceberem que estão fazendo isso. São tantos personagens ricos com várias facetas que a série não se preocupa em esconder ou suavizar. Um exemplo disso é Coco Conners (Antoinette Robertson), que trafega entre uma mulher ambiciosa e manipuladora e, ao mesmo tempo, intrigante e carente. Além do estudante de jornalismo Lionel Higgins (DeRon Horton), que é um nerd tímido que desabrocha e se desenvolve de forma única durante os dez episódios.

Um dos maiores trunfos de Dear White People é o fato de os roteiristas estarem lidando com cenários que sempre foram uma parte da vida americana. As batalhas específicas apresentadas neste show tiveram alguma equivalência na década de 1980, quando Spike Lee dirigiu School Daze. E, naturalmente, eles estavam no âmago dos anos 1960, quando facções dentro da esquerda americana em geral, e dentro do movimento dos direitos civis negros especificamente, discutiam se o sistema podre e racista deveria ser subvertido ou despedaçado, ou manipulado de dentro.

O racismo existe, a segregação racial é uma realidade, e a série mostra isso de forma clara, direta e sem nenhum tipo de “vitimismo” ou demagogia. Vale muito a pena! Por Darlan Generoso


Nosso novelão está vivo! A série Dynasty estreou em 2017 arrancando suspiros de nostalgia daqueles que são amantes de um gênero que parece estar cada vez mais morto na televisão americana: o novelão em forma de série. Em meio a tanta série cabeça, policial e de terror, acompanhar as futilidades da família Carrington tem sido um prato cheio para todos nós.

A história se passa em Atlanta e nos mostra a vida de uma família podre de rica, dona de uma companhia de energia elétrica. Blake, o patriarca dos Carrington, casa com uma mulher latina e misteriosa, gerando assim ciúmes na filha Fallon, a patricinha da série, que ironicamente realmente só pensa em trabalho. A partir daí, os ingredientes estão postos à mesa: tem muita cena farofeira, com taça de vinho sendo jogada na cara e muitos escândalos do passado e do presente afetando o bom nome dos magnatas de Atlanta.

Dynasty é uma das estreias mais divertidas de 2017 e você pode acompanhar na Netflix, já que o serviço de streaming passa os episódios novos da série da CW um dia após irem ao ar nos EUA. Por Fernanda Ferreira


Com tanta série de herói atualmente, Marvel’s Runaways poderia apenas ser mais uma neste montante, mas felizmente ela não é. A grata surpresa trazida por esse grupo de adolescentes que descobre possuir habilidades especiais, em contrapartida com a vilania dos seus pais, é algo até inovador para o gênero. Nada é explicado logo de início e nem todas as respostas necessárias para desenvolver a história são dadas de cara ao público que assiste, mas ainda assim o desenvolvimento da trama não é maçante. Tudo flui. Cada ponto traz uma nova surpresa e uma nova faceta a esses seis jovens.

Por mais que algumas vezes pareça beirar a linha entre algo tosco e sensato, Marvel’s Runaways é empolgante de se ver. O carisma de seus protagonistas é um dos pontos mais fortes da série. Alex, Nico, Karolina, Gert, Chase e Molly formam um time disfuncional e funcional ao mesmo tempo. Além disso, a série traz uma representatividade gigante na qual muitos programas de TV tentam e não conseguem, principalmente com os adolescentes, que é a fase em que mais precisam identificar-se com algum “herói” de uma história.

Os efeitos não são os melhores, mas ainda assim são honestos e executados de maneira satisfatória, bem como o desenvolvimento, a construção de personagens e tudo o que engloba esse novo universo de heróis no qual já estamos tão saturados de repetição de diversas histórias do estilo. Por Márcio Zanon


Depois do final bastante agridoce de The Good Wife, em que muitas perguntas não foram respondidas e histórias não foram finalizadas, a expectativa para estreia do spin-off da série era bem alta. The Good Fight estreou em fevereiro de 2017 e trouxe de volta para a tela alguns dos personagens mais carismáticos da série original, como Diane Lockhart (Christine Baranski) e Lucca Quinn (Cush Jumbo), e outros nem tanto, como David Lee (Zach Grenier). Além disso, a produção incluiu na trama de advogados a história de Maia Rindell, interpretada pela queridinha do público Rose Leslie, a Ygritte de Game of Thrones.

Diferente da sua antecessora, The Good Fight conta com um número reduzidos de episódios, apenas dez. Este fato fez com que a qualidade narrativa da série ficasse superior à The Good Wife, pois o enredo foca agora em contar somente o que realmente é relevante, sem enrolação e sem perder a essência da série original que todos amam. E podemos sim dizer que ela supriu as expectativas! Por Leandro Alvarenga


Star Trek: Discovery é mais um sucesso que o serviço de streaming CBS All Access emplacou em 2017. A produção, que é criada por nomes já consagrados no mundo das séries, Bryan Fuller e Alex Kurtzman, conta a história da nave USS Discovery e se passa dez anos antes das aventuras de Kirk, Spock e companhia na USS Enterprise. Aqui, quem comanda a nave é o Capitão Gabriel Lorca (Jason Isaacs), mas a estrela que brilha é a da então Tenente Michael Burnham (Sonequa Martin-Green), que já nos primeiros episódios passa por situações bem extremas, perdendo tudo o que conquistou até o momento, e se vê frente à uma nova oportunidade de mostrar seu valor quando entra a bordo da USS Discovery.

A série tem como principal característica a sua produção cinematográfica. Com uma excelente edição de som, imagem e efeitos especiais, cada episódio é um show visual e apresenta ótimas histórias, além de desenvolver bem todos os seus personagens secundários. Star Trek: Discovery chegou agradando tanto os Trekkers quanto àqueles que nunca tiveram contato com a saga. E se você ainda não assistiu, aproveite que a primeira temporada está em pausa e faça sua maratona. E o melhor: os episódios são exibidos aos domingos nos EUA e chegam à Netflix brasileira toda segunda-feira! Por Leandro Chaves


Essas foram as séries escolhidas pela nossa equipe, mas, é claro, sabemos que muito título bom não aparece na lista. Então chegou a sua vez: coloque nos comentários as novatas que você mais curtiu em 2017 e monte a sua listinha também! Esperamos que 2018 traga tantas outras produções boas e até a próxima!